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terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Mais assentos, mais lucros
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aviacaocomercial.net
A Airbus lançou na semana passada o A321neo ACF (Airbus Cabin Flex), que em 2020 passará a ser o padrão para o A321neo. Ele é capaz de transportar 240 passageiros em classe única, alcançando um novo recorde para aeronaves narrow-body (de um corredor). O A321neo ACF tem exatamente o mesmo tamanho de qualquer outro A321, e, para colocar mais assentos, a Airbus usou poltronas menores, diminuiu a galley, retirou um banheiro e mudou a posição das portas. O primeiro A321 foi entregue para a Lufthansa em 1994 e estava configurado com 182 assentos. O A321neo ACF representa um aumento de 32% na capacidade do A321 sem qualquer mudança no tamanho da aeronave.
Essa estratégia de aumentar os assentos na aeronave não é nova. Quando mais passageiros a mesma aeronave é capaz de levar, menor será o custo por passageiro, o que irá gerar mais lucro (caso os assentos estejam ocupados, é claro). Esse movimento existe desde os primórdios da aviação comercial, mas acontecia junto com a troca de gerações de aeronaves e era menos perceptível. O Boeing 747-300 e o Boeing 747-400 por exemplo são exatamente do mesmo tamanho, porém grande parte das companhias aéreas configuraram seus Boeing 747-400 com mais assentos.
O Boeing 787 é um caso famoso nos wide-bodies (aeronaves de fuselagem larga). A primeira companhia a receber o modelo, JAL, usou a configuração "padrão" na classe econômica com 2+4+2 assentos, totalizando 8 assentos por fileira, com pitch de 33''. Porém quase todas as outras companhias escolheram a configuração 3+3+3 na classe econômica, totalizando 9 assentos por fileira, com pitch de 31''.
Essa estratégia de aumentar os assentos na aeronave não é nova. Quando mais passageiros a mesma aeronave é capaz de levar, menor será o custo por passageiro, o que irá gerar mais lucro (caso os assentos estejam ocupados, é claro). Esse movimento existe desde os primórdios da aviação comercial, mas acontecia junto com a troca de gerações de aeronaves e era menos perceptível. O Boeing 747-300 e o Boeing 747-400 por exemplo são exatamente do mesmo tamanho, porém grande parte das companhias aéreas configuraram seus Boeing 747-400 com mais assentos.
O Boeing 787 é um caso famoso nos wide-bodies (aeronaves de fuselagem larga). A primeira companhia a receber o modelo, JAL, usou a configuração "padrão" na classe econômica com 2+4+2 assentos, totalizando 8 assentos por fileira, com pitch de 33''. Porém quase todas as outras companhias escolheram a configuração 3+3+3 na classe econômica, totalizando 9 assentos por fileira, com pitch de 31''.
No Brasil, podemos ver o mesmo fenômeno. Os primeiros Airbus A330-200 recebidos pela Tam, em 1998, eram configurados com 208 assentos. Com o passar do tempo, a primeira classe foi ficando menor, a classe econômica foi ficando maior e com assentos mais finos. Em 2008 os A330-200 tinham 223 assentos, 7% a mais. Já no mercado doméstico esse fenômeno foi ainda mais intenso. Quando a Tam recebeu o seu primeiro A320, em 1999, as companhias aéreas brasileiras ofereciam classe executiva em voos domésticos. Os A320 eram configurados com apenas 150 assentos. Com o tempo, a classe executiva nos voos domésticos foi extinta e os A320 passaram para 162 assentos. Mesmo os A320 que faziam voos internacionais e ainda tinham duas classes, passaram a ter 156 assentos. Com a introdução de assentos cada vez mais finos, a configuração do A320 da Tam chegou a 174 assentos, um aumento de 16% em relação a configuração original. Mesmo com os assentos mais finos, a distância entre as fileiras diminuiu cerca de 10 cm nos últimos 10 anos na classe econômica.
Companhias aéreas de todo o mundo colocaram mais assentos na classe econômica para proteger suas margens de lucro da queda no preço das passagens, puxado principalmente pelas companhias aéreas low cost, low fare. O mesmo aconteceu no Brasil, quando a Tam aumentou o número de assentos em suas aeronaves para competir melhor com a Gol, que já usava configurações com mais assentos em suas aeronaves.
Nem sempre as companhias aumentam o número de assentos. Em 2014 a Gol anunciou a introdução do "GOL+", com mais espaço entre as fileiras e diminuiu a quantidade de assentos em suas aeronaves. A mudança foi influenciada pela sócia Delta, que queria um produto premium, voltado para executivos, na sua parceira brasileira. Outro caso emblemático foi o Boeing 737-500 trazido pela Varig para a sua subsidiária Rio Sul. O Boeing era configurado com apenas 108 assentos para competir diretamente com o Fokker F-100 da Tam. A aeronave era capaz de levar até 132 passageiros. Posteriormente acabou sendo configurada para 120 assentos, ainda assim com bem mais espaço entre as fileiras do que encontramos hoje em dia em voos domésticos.
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