Busca interna
Lista de Postagens
A briga agora é no mercado cargueiro
Na década de 1990 a Airbus fez uma grande aposta ao lançar duas famílias de jatos wide-body A330 e A340 ao mesmo tempo, desafiando o monopólio da Boeing nesse segmento. Trinta anos depois a Boeing continua na liderança dos jatos wide-bodies, porém a Airbus conseguiu abocanhar uma boa parte do mercado com o A330 e mais recentemente com o A350. Porém tinha um segmento que a Airbus ainda segue muito tímida e que ganhou mais importância com a pandemia do COVID-19, o mercado cargueiro.
Até então o cargueiro mais popular da Airbus era o A330-200F, com capacidade de carga um pouco superior ao Boeing 767-300F. No entanto a Boeing oferece uma solução muito mais completa nesse segmento com uma combinação de Boeing 747F, Boeing 767F e Boeing 777F.
Antes da pandemia Boeing e Airbus apostavam nos seus gigantes wide-bodies para passageiros Boeing 777X e A350-1000. Mas com o COVID-19 e a lenta recuperação dos voos internacionais, a demanda por essas aeronaves, que já vinha crescendo em ritmo lento, foi para quase zero. A sacada da Airbus foi justamente pegar esse moderno jato que está encalhado temporariamente por causa da pandemia e adaptá-lo para uma versão cargueira. Um movimento curioso no setor, pois normalmente uma versão cargueira de uma aeronave para passageiros só costuma ser lançada anos depois, quando o preço daquela aeronave já está mais depreciado.
Como resposta a Boeing lançou a versão cargueira da nova geração Boeing 777X, num movimento ainda mais curioso onde uma versão cargueira foi lançada antes mesmo da versão de passageiros voar pela primeira vez. E as peculiaridades não param por ai. Acostumadas a lançar a versão cargueira com exatamente o mesmo tamanho da versão de passageiros, dessa vez as duas novas aeronaves cargueiras terão tamanhos diferentes. O tamanho do Boeing 777XF está entre o Boeing 777-8X e o Boeing 777-9X, enquanto o A350F está entre o A350-900 e o A350-1000. As fuselagens modificadas permitem a colocação de mais um pallet, maximizando assim a capacidade de carga da aeronave. O Boeing 777XF terá maior capacidade de carga e o A350F terá o maior alcance. O A350F também terá a vantagem de chegar antes no mercado, em 2025 contra 2027 do Boeing.
Além do aumento pontual causado pela pandemia, Airbus e Boeing também estão mirando no crescimento futuro do mercado de carga. A Convenção de Chicago introduziu padrões de emissões para aeronaves recém-fabricadas e em 2028 todas as aeronaves cargueiras em fabricação hoje não estarão enquadradas nos requisitos de emissão mínimos.
A350F | B777-8F | |
Comprimento: | 70,80 m | 70,9 m |
Envergadura: | 64,75 m | 71,8 m |
Altura: | 17,08 m | 19,5 m |
Alcance: | 8700 km | 8170 km |
Peso máximo de decolagem: | 319 ton | 351 ton |
Carga útil máxima: | 109 ton | 112 ton |
Populares
-
No dia 31 de janeiro de 2023 a Boeing entregou o último B747 fabricado no mundo, encerrando uma trajetória de 53 anos desde que o primeiro ...
-
Em outubro de 2023, o aeroporto de Congonhas , o segundo mais movimentado do Brasil, foi concedido à iniciativa privada. A Aena assumiu a op...
-
Hoje a Airbus anunciou a entrega do primeiro Airbus A321XLR (eXtra Long Range) para a Iberia . Essa é uma versão de longo alcance do A321...
-
Quem leu o post Participação no mercado 2022/2023 - América do Sul , já sabe que a Latam lidera no Chile e no Peru, que a Avianca lidera ...
-
Estamos concluindo mais uma grande atualização do acervo das seções " Nostalgia " e " Propagandas " , dessa vez o foc...
-
O grupo Latam apresentou esse mês o novo interior para a cabine da classe econômica dos seus Boeing 787 . Os assentos são de couro reciclad...
0 comments:
Postar um comentário