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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Participação no Mercado em 2020
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aviacaocomercial.net
O ano de 2020 ficou marcado pela maior crise na aviação comercial já vista, causada pela pandemia do COVID-19. Todo o setor foi afetado e a recuperação, ainda em curso, está se mostrando muito mais lenta do que inicialmente previsto. Os números de 2020 refletem o tamanho da crise, registrando queda de 51% no volume de passageiros no mercado doméstico e queda de 72% no volume de passageiros internacional. O mercado internacional claramente foi muito mais afetado e apresenta uma recuperação muito mais lenta. Enquanto o mercado doméstico apresentou queda de 30% em dezembro, em relação ao mesmo mês de 2019, o mercado internacional apresentou queda de 77%.
Participação no mercado 2020 | ||||
Empresa | Bilhões de passageiros (RPK) | Ocupação Média | Participação no mercado | Crescimento 2020x2019 |
Mercado nacional | ||||
Gol | 17,58 | 81% | 37,44% | -52% |
Latam Brasil | 16,22 | 80% | 34,55% | -52% |
Azul | 12,96 | 81% | 27,60% | -43% |
VoePass | 0,17 | 57% | 0,36% | -39% |
outras | 0,02 | 43% | 0,04% | -84% |
Total | 46,95 | 80% | 100% | -51% |
Mercado internacional | ||||
Latam Brasil | 7,54 | 71% | 18,97% | -75% |
Air France/KLM | 3,98 | 61% | 10,01% | -66% |
Tap | 3,62 | 67% | 9,11% | -72% |
Grupo Lufthansa | 2,64 | 65% | 6,64% | -63% |
Emirates | 2,49 | 70% | 6,26% | -63% |
Azul | 2,41 | 79% | 6,06% | -66% |
American Airlines | 2,26 | 70% | 5,68% | -75% |
United | 2,08 | 64% | 5,23% | -67% |
Copa | 1,38 | 81% | 3,47% | -76% |
Gol | 1,20 | 73% | 3,02% | -78% |
Latam Airlines | 1,05 | 67% | 2,64% | -73% |
Alitalia | 0,93 | 70% | 2,34% | -81% |
Grupo IAG | 0,91 | 49% | 2,29% | -86% |
outras | 7,26 | 64% | 18,27% | -73% |
Total | 39,75 | 66% | 100% | -72% |
Gol: a Gol manteve a liderança no mercado doméstico. Como medida contra a COVID-19, a Gol suspendeu todos os voos internacionais em abril e anunciou uma malha doméstica reduzida, atendendo todas as capitais a partir do aeroporto de Guarulhos (SP), uma redução da oferta em 92% dos voos nacionais. Até o fim do ano a companhia foi retomando as rotas domésticas e aumentando as frequências, terminando o ano com uma redução da oferta em voos doméstico de 27% em dezembro, em relação ao mesmo mês de 2019. Também em dezembro a Gol retomou os voos com o Boeing 737 MAX, sendo a primeira no mundo a realizar essa façanha. A companhia pretende retomar os voos internacionais em 2021.
Azul: Apesar da crise, a Azul conseguiu uma participação maior no mercado doméstico, aproveitando a saída da Avianca Brasil e pegando um pouco do mercado da Gol e da Latam. No inicio do ano a companhia anunciou a aquisição da TwoFlex, transformando a companhia em Azul Conecta, uma subsidiária para voos regional com aeronaves para apenas 9 passageiros. Para combater o COVID-19 a Azul anunciou uma nova malha, em abril, com 70 voos diários e 25 cidades atendidas, equivalente a uma redução de 90%. Mesmo assim a Azul conseguiu aumentar cerca de 4 pontos percentuais a sua participação e foi a companhia que mais rápido recuperou a oferta nos voos domésticos, chegando em dezembro com queda de apenas 8% na oferta de assentos em relação ao ano anterior.
Latam Brasil: A Latam foi a companhia das três grandes que apresentou o pior desempenho e a que mais perdeu mercado nesse ano. Para combater o COVID-19 a companhia anunciou a redução das operações em 95% no mês de abril. A malha doméstica passou a atender 39 destinos com frequências reduzidas e os voos internacionais ficaram reduzidos a frequências limitadas para Santiago, Miami e Nova York. A Latam também anunciou um code-share com a Azul no mercado doméstico. Mesmo assim, das grandes, a Latam foi a que menos recuperou a oferta. Até dezembro a Latam reduziu sua oferta em 42% em relação ao mesmo mês do ano passado no mercado doméstico.
Por ser a principal companhia brasileira no mercado internacional, a crise do COVID-19 afetou mais profundamente a Latam, que tem a maior frota de jatos de grande porte e rotas internacionais. Para combater a crise, o grupo entrou com pedido de recuperação judicial, anunciou o fim da subsidiária Latam Argentina e a devolução de aeronaves. Ao longo do ano a companhia retomou os voos para Frankfurt, Londres, Madri, Montevidéu, Lisboa, México, Assunção, Buenos Aires, Lima e Boston.
Azul: Apesar da crise, a Azul conseguiu uma participação maior no mercado doméstico, aproveitando a saída da Avianca Brasil e pegando um pouco do mercado da Gol e da Latam. No inicio do ano a companhia anunciou a aquisição da TwoFlex, transformando a companhia em Azul Conecta, uma subsidiária para voos regional com aeronaves para apenas 9 passageiros. Para combater o COVID-19 a Azul anunciou uma nova malha, em abril, com 70 voos diários e 25 cidades atendidas, equivalente a uma redução de 90%. Mesmo assim a Azul conseguiu aumentar cerca de 4 pontos percentuais a sua participação e foi a companhia que mais rápido recuperou a oferta nos voos domésticos, chegando em dezembro com queda de apenas 8% na oferta de assentos em relação ao ano anterior.
Nos voos internacionais a Azul reduziu a malha apenas aos voos entre Campinas e a Flórida em abril. Posteriormente os voos entre Campinas e Lisboa foram retomados com frequências reduzidas.
Companhias estrangeiras: Como consequência do COVID-19 todas as companhias aéreas estrangeiras que voam para o Brasil foram afetadas. Foram poucas as que não interromperam os voos para o Brasil, pelo menos por alguns meses. No mercado entre o Brasil e os EUA, a Azul se destacou ganhando mercado. Já no mercado Brasil - Europa houve bastante troca de posições no ranking devido à pandemia. A Air France-KLM voltou a liderar esse mercado, tendo a vantagem de não ter parado de voar para o Brasil em nenhum momento durante 2020. A Tap também manteve seus voos para o Brasil e manteve a segunda colocação. Já a Latam caiu da primeira para terceira. O Grupo Lufthansa também ganhou participação, pois manteve seus voos para o Brasil durante todo o ano. Enquanto a Alitalia e a Iberia perderam mercado porque demoraram mais tempo para voltar a operar no Brasil. Por fim, no mercado entre o Brasil e América Latina, a Gol e o Grupo Latam perderam mercado, embora a filial brasileira tenha mantido a participação e a liderança. A Aeromexico foi muito beneficiada, pois o México é um dos poucos mercados que abriram o acesso para turistas. O ano também foi marcado pela entrada e crescimento de novas companhias aéreas nesse mercado como a Amaszonas, Avior, FlyBondi, JetSmart, Sky e Viva Air.
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