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Hub and Spoke x Point to Point
Quando estão planejando a sua malha de rotas, as companhias aéreas podem adotar o modelo Hub and Spoke, onde as rotas levam para um ponto central (hub) e depois são distribuídos deste ponto para todas as regiões. Outro modelo é o Point to Point, onde duas cidades são conectadas diretamente sem escalas. Temos visto várias opiniões sobre quais modelos sairão mais fortes da pandemia COVID-19.
Embora recentemente tenha havido um grande foco em Hub and Spoke, onde podemos ver esse modelo na maioria das grandes companhias aéreas do mundo como Emirates, Air France e Delta, cada vez mais companhias, particularmente de baixo custo, como a Ryanair, têm utilizado o modelo Point to Point, aproveitando rotas não atendidas ou mal atendidas.
Se por um lado a demanda diminuiu, beneficiando os modelos Hub and Spoke, por outro lado os passageiros querem minimizar aglomerações. Além disso, mesmo antes da pandemia, a ideia de ter que passar por um hub é menos atraente do que um voo direto para a maioria dos passageiros.
O modelo Hub and Spoke permite que as companhias aéreas operem com eficiência, garantindo uma maior cobertura de destinos. Mas algumas tendências surgiram para desafiá-lo nos últimos anos.
Como mencionado anteriormente, de modo geral os passageiros preferem viajar ponto a ponto. As companhias aéreas de baixo custo desempenharam um papel significativo na maior popularização do modelo Point to Point, pois possuem custos operacionais mais baixos.
Outro ponto importante são as novas aeronaves, com menor consumo de combustível e custos operacionais, tornando possíveis rotas anteriormente inviáveis. Com a introdução de aeronaves como A350 e Boeing 787, novos voos sem escalas surgiram e aumentaram a pressão sobre o modelo de hub. Além disso aeronaves narrow-body (de um corredor) como o A321XLR e Boeing 737 MAX prometem um efeito ainda mais forte na criação de rotas sem escalas antes inviáveis, prejudicando o tráfego dos grandes hubs.
O lançamento de aeronaves mais eficientes foi um dos motivos para o rápido declino do A380. Esperava-se que o A380 proporcionasse custos de assento-milha significativamente mais baixos e permitisse que as companhias aéreas construíssem modelos Hub and Spoke. No entanto, novas aeronaves bimotores mais eficientes foram desenvolvidas, reduzindo a vantagem que o A380 oferecia e fazendo com que as companhias aéreas preferissem construir modelos Point to Point.
Apesar do crescimento do modelo Point to Point ter sido maior do que o Hub and Spoke nos últimos anos, a pandemia do COVID-19 inverteu a lógica, com o modelo Hub and Spoke se saindo melhor que o Point to Point devido à baixa demanda.
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