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Participação no mercado 2024
No ano de 2024 o mercado internacional continuou crescendo em um ritmo mais forte do que o doméstico e ultrapassou a demanda de passageiros de 2019, o ano imediatamente anterior a pandemia do Covid-19. Enquanto o isso o mercado doméstico manteve praticamente o mesmo patamar do observado em 2019.
Participação no mercado 2024 (apenas voos regulares) | |||||
Empresa | Bilhões de passageiros (RPK) | Ocupação Média | Participação no mercado | Crescimento 2024x2023 | Crescimento 2024x2019 |
Mercado nacional | |||||
Latam Brasil | 38,82 | 83% | 40,21% | 9% | 16% |
Gol | 29,00 | 83% | 30,04% | -5% | -20% |
Azul | 28,35 | 81% | 29,37% | 8% | 24% |
VoePass | 0,37 | 71% | 0,38% | -5% | 32% |
Total | 96,54 | 82% | 100% | 4% | 0% |
Mercado internacional | |||||
Latam Brasil | 29,71 | 88% | 20,31% | 27% | -1% |
Tap | 14,59 | 84% | 9,97% | 7% | 13% |
Air France/KLM | 11,27 | 92% | 7,70% | 4% | -2% |
American Airlines | 7,61 | 91% | 5,20% | 12% | -15% |
Grupo IAG | 7,56 | 90% | 5,17% | 38% | 13% |
Azul | 7,26 | 86% | 4,96% | -9% | 1% |
United | 6,43 | 85% | 4,39% | 5% | 2% |
Copa | 5,78 | 86% | 3,95% | 8% | 1% |
Grupo Lufthansa | 5,47 | 89% | 3,74% | 11% | -22% |
Latam Airlines | 5,30 | 85% | 3,62% | 1% | 35% |
ITA | 5,04 | 71% | 3,45% | 107% | - |
Qatar | 4,65 | 92% | 3,18% | -4% | 94% |
Gol | 4,41 | 85% | 3,01% | 37% | -19% |
outras | 31,24 | 75% | 21,35% | 25% | 16% |
Total | 146,32 | 86% | 100% | 15% | 2% |
Latam Brasil: Alcançando quase 40% do mercado doméstico, a Latam Brasil continuou se beneficiando da sua bem-sucedida reestruturação financeira, após o pedido de recuperação judicial (Chapter 11). Com uma estrutura de custo menor e novas aeronaves, a Latam começou a operar rotas antes inviáveis (com a estrutura de custo maior antes do Chapter 11), como voos diretos entre cidades secundárias. Isso permitiu capturar uma demanda que antes era atendida pelas concorrentes. Em 2024 a companhia dobrou a sua frota de A321neo, permitindo expandir a sua oferta de assentos. Outra preocupação da empresa foi reconquistar o público corporativo. Para isso a companhia investiu na Classe Economy Premium, presente nos voos domésticos, que oferece, além de mais espaço, refeições quentes e bebidas alcoólicas, dependendo da duração e horário do voo.
Já no mercado internacional a companhia reforçou a conexão com os seus hubs em Santigo e Lima, com o lançamento de voos diretos de cidades como Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza e Recife. A companhia também anunciou o aumento das frequências nos voos para Orlando, Los Angeles, Johanesburgo, Lisboa, Madrid, Milão e Roma. A Latam também anunciou a encomenda de 10 unidades adicionais do Boeing 787, além de anunciar um novo interior nessa aeronave, com assentos de couro na classe econômica, novo sistema de entretenimento e portas na classe executiva (Premium Business).
Gol: Das três grandes, a Gol foi a única que apresentou queda na oferta e demanda de passageiros em 2024, refletindo sua situação financeira frágil. Numa tentativa de repetir o sucesso da Latam e da Avianca em seus processos de reestruturação financeira, a Gol também decidiu entrar com pedido de recuperação judicial (Chapter 11). No entanto as negociações se mostraram mais demoradas e complexas. Sem conseguir concluir o processo de Chapter 11, a Gol ficou bastante limitada durante o ano de 2024. A combinação da dívida elevada, prejuízos financeiros e o foco na reestruturação, impediram o crescimento da empresa, fazendo com que a Gol perdesse participação no mercado, ficando praticamente empatada com a Azul. Apesar de ter recebido novos Boeing 737MAX em 2024, a frota operacional ficou menor do que no ano passado, com a devolução e desativação de aeronaves Boeing 737NG. A Gol também se tornou a única companhia aérea brasileira que não recuperou a demanda observada em 2019, colocando-a em uma posição desfavorável em relação aos seus principais concorrentes.
Já no mercado internacional a Gol apresentou crescimento em relação ao ano passado, mas ainda está cerca de 19% menor do que o que foi observado em 2019. Em 2024 a companhia anunciou a retomada e o lançamento de novas rotas internacionais como Aruba, Cancun, San José e Bogotá. A Gol também procurou aprofundar sua parceria com a Avianca e Aerolineas Argentinas, empresas que fazem parte do Grupo Abra.
Azul: Apesar de enfrentar um cenário econômico desafiador, a Azul optou por não recorrer ao Chapter 11. A empresa optou por estratégias de reestruturação financeira através de negociações diretas com credores e captação de recursos. A estratégia apresentou resultados mistos. A Azul conseguiu firmar acordos com credores, melhorando a sua situação financeira. No entanto a empresa ainda tem endividamento elevado e registrou prejuízo líquido no terceiro trimestre. Em um contexto desafiador, com valorização do dólar em relação ao real, a Azul buscou uma aproximação com o Grupo Abra, dona da Gol, com objetivo de analisar uma potencial fusão. Um passo nessa direção foi o inicio do code-share com a Gol, em junho de 2024. Apesar das dificuldades financeiras, a Azul seguiu crescendo em 2024 no mercado doméstico, terminado o ano praticamente empatada com a Gol. Ao longo do ano a empresa expandiu sua frota com novas aeronaves A320neo e E-Jets E2.
Já no mercado internacional a Azul apresentou queda na demanda de passageiros. Apesar de anunciar a chegada de novos A330 para expandir a frota internacional, a Azul sofreu reclamações dos passageiros devido a configuração menos confortável dessas aeronaves, que vieram com a configuração dos operadores anteriores. Os atrasos na cadeia de suprimentos também contribuiu para a menor oferta de assentos, uma vez que as aeronaves da Azul tiveram que ficar paradas por falta de peças por mais tempo. No final do ano a companhia inaugurou voos para Assunção, no Paraguai.
Companhias estrangeiras: No mercado Brasil - EUA a Joint Venture Latam-Delta fez as duas companhias ganharem mercado, fazendo com que a Latam assumisse a vice-liderança, bem próximo a líder American. Já no mercado Brasil - Europa o destaque foi para o Grupo IAG e para a ITA, que ganharam mercado. No mercado de voos internacionais dentro da América Latina o movimento se manteve o mesmo do ano passado, com a Copa perdendo participação, enquanto FlyBondi, Jetsmart e Sky continuaram crescendo.
Quem liderou o mercado por RPK?
- Brasil - Argentina: Gol (29%)
- Brasil - Chile: Latam (68%)
- Brasil - Colômbia: Avianca (73%)
- Brasil - Peru: Latam (80%)
- Brasil - Flórida, EUA: Latam (30%)
- Brasil - Portugal: Tap (74%)
- Brasil - Espanha: Iberia (34%)
- Brasil - França: Air France (68%)
- Brasil - Itália: ITA (59%)
- Brasil - Alemanha: Lufthansa (56%)
- Brasil - Reino Unido: British Airways (58%)
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