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segunda-feira, 19 de outubro de 2015
A Crise Chegou
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aviacaocomercial.net
A crise econômica no Brasil e a alta do dólar acertaram em cheio os voos internacionais. Depois de anos de alto crescimento, as companhias aéreas começaram a cortar voos no país. O principal destino afetado foi o mais procurado: EUA. A principal estratégia das companhias aéreas, além do corte de voos, tem sido a redução das tarifas para manter a ocupação alta nas aeronaves. O preço das passagens entre o Brasil e os EUA chegaram a cair pela metade (em dólares). Aliás em outubro era para ter saído o acordo de "Céus Abertos" entre o Brasil e os EUA. Isso significa que não haveriam mais restrições para as companhias aéreas pedirem novos voos, apenas se não houver espaço no aeroporto. Hoje há uma cota de 301 voos semanais permitidos para companhias aéreas americanas e outros 301 para companhias aéreas brasileiras. O acordo foi iniciado há cinco anos com várias etapas e a vigência do "Céus Abertos" estava prevista para iniciar no dia 1º de outubro. E adivinha... nada aconteceu.
American Airlines
A líder nos voos entre os EUA e Brasil, que já havia cancelado o voo Nova York - Campinas, anunciou o fim dos voos entre Miami e Campinas em fevereiro de 2016. O voo será operado sazonalmente apenas. A AA também anunciou o fim dos voos entre Miami e Curitiba também em fevereiro de 2016, além de reduzir os voos entre Miami e Belo Horizonte.
Air France
A companhia reduziu de 13 para 11 frequências semanais o voo entre Paris e Rio de Janeiro e diminuiu a oferta de assentos nos voos entre Paris e Brasília, trocando o Boeing 777-200 pelo Airbus A330-200.
Azul
A companhia continua avançando nos acordos com companhias estrangeiras, onde anunciou um acordo interline com a Tap, abrangendo todos os voos operados pela companhia portuguesa. Porém a empresa "pisou no freio" na sua expansão internacional. O voo para Nova York, que já havia sido adiado, foi postergado para uma data mais distante, ainda sem data definida. O voo entre Guarulhos e Orlando foi cancelado antes mesmo de começar. Apesar de tudo, a Azul deve ter um alívio em Campinas, já que se tornou a única a voar para os EUA a partir de Viracopos, depois que todas as suas concorrentes cancelaram os voos regulares para lá.
Copa
A empresa já havia anunciado a redução de frequências em várias cidades brasileiras e agora anunciou o fim da rota Panamá - Campinas, a partir de dezembro de 2015.
Delta
A Delta também já havia anunciado a redução de frequências nos voos de Atlanta e Detroit para São Paulo. Mais recentemente a companhia também anunciou o fim dos voos para Brasília. Por outro lado, a empresa anunciou que irá tornar o voo entre Orlando e São Paulo diário, em fevereiro de 2016.
Gol
A Gol também cortou voos para os EUA, incluindo o fim dos voos a partir de Campinas. A empresa também estuda o fim dos voos para Caracas.
Sky
A companhia chilena que havia começado a voar para São Paulo há pouco tempo, anunciou o fim dos voos para o Brasil em fevereiro de 2016, devido a sua reestruturação. A empresa passará a ser uma "low cost, low fare".
Tam
Na contramão do mercado, a Tam por enquanto ainda não anunciou nenhum corte significante na malha internacional, Pelo contrário, a companhia inaugurou voos para Orlando e Punta Cana, a partir de Brasília, e para Barcelona a partir de São Paulo e pretende voltar a voar para Bogotá, também a partir de São Paulo, em fevereiro de 2016. A empresa também iniciou acordo de code-share com a British Airways. Porém a companhia vai deixar de voar para Milão em novembro, a Lan vai operar a rota em seu lugar.
United
A empresa anunciou a redução da oferta de assentos na rota Chicago - São Paulo, em abril de 2016, com a troca do Boeing 777-200 pelo Boeing 767-300.
Atualização 20/10/2015
A Latam divulgou no dia 19 de outubro os seus planos para o mercado internacional. A rota entre Belo Horizonte e Miami será cancelada em março de 2016 e a rota entre Manaus e Miami vai perder uma frequência semanal em abril de 2016. Já a rota entre Fortaleza e Miami vai ganhar um frequência semanal e o voo entre Brasília e Orlando vai se tornar diário. Os voos entre São Paulo e Orlando serão operados com o Airbus A350 no ano que vem, mas a frequência dessa rota vai diminuir de 11 para 7 semanais. A Tam também vai voltar a voar para Bogotá e aumentar o número de voos entre São Paulo e Lima (substituindo a Lan Peru). Além disso a rota entre São Paulo e Barcelona vai se tornar diária a partir de julho de 2016 e a Tam deverá lançar a rota São Paulo - Johannesburgo, se tornando a única companhia aérea da América Latina a voar para África.
A Lan já aumentou a frequência entre Santiago e Madrid e vai assumir o voo para Milão atualmente operado pela Tam. A Lan Peru vai aumentar de 14 para 17 as frequências semanais entre Lima e Miami e inaugurar voos entre Lima e Washington, Montevidéu e Antofagasta. Por fim a Lan Colombia começará a operar a rota Bogotá – Punta Cana.
Atualização 13/11/2015
Mais uma que sai do Brasil, a Tame informou que irá deixar de voar para o Brasil a partir de janeiro de 2016.
American Airlines
A líder nos voos entre os EUA e Brasil, que já havia cancelado o voo Nova York - Campinas, anunciou o fim dos voos entre Miami e Campinas em fevereiro de 2016. O voo será operado sazonalmente apenas. A AA também anunciou o fim dos voos entre Miami e Curitiba também em fevereiro de 2016, além de reduzir os voos entre Miami e Belo Horizonte.
Air France
A companhia reduziu de 13 para 11 frequências semanais o voo entre Paris e Rio de Janeiro e diminuiu a oferta de assentos nos voos entre Paris e Brasília, trocando o Boeing 777-200 pelo Airbus A330-200.
Azul
A companhia continua avançando nos acordos com companhias estrangeiras, onde anunciou um acordo interline com a Tap, abrangendo todos os voos operados pela companhia portuguesa. Porém a empresa "pisou no freio" na sua expansão internacional. O voo para Nova York, que já havia sido adiado, foi postergado para uma data mais distante, ainda sem data definida. O voo entre Guarulhos e Orlando foi cancelado antes mesmo de começar. Apesar de tudo, a Azul deve ter um alívio em Campinas, já que se tornou a única a voar para os EUA a partir de Viracopos, depois que todas as suas concorrentes cancelaram os voos regulares para lá.
Copa
A empresa já havia anunciado a redução de frequências em várias cidades brasileiras e agora anunciou o fim da rota Panamá - Campinas, a partir de dezembro de 2015.
Delta
A Delta também já havia anunciado a redução de frequências nos voos de Atlanta e Detroit para São Paulo. Mais recentemente a companhia também anunciou o fim dos voos para Brasília. Por outro lado, a empresa anunciou que irá tornar o voo entre Orlando e São Paulo diário, em fevereiro de 2016.
Gol
A Gol também cortou voos para os EUA, incluindo o fim dos voos a partir de Campinas. A empresa também estuda o fim dos voos para Caracas.
Sky
A companhia chilena que havia começado a voar para São Paulo há pouco tempo, anunciou o fim dos voos para o Brasil em fevereiro de 2016, devido a sua reestruturação. A empresa passará a ser uma "low cost, low fare".
Tam
Na contramão do mercado, a Tam por enquanto ainda não anunciou nenhum corte significante na malha internacional, Pelo contrário, a companhia inaugurou voos para Orlando e Punta Cana, a partir de Brasília, e para Barcelona a partir de São Paulo e pretende voltar a voar para Bogotá, também a partir de São Paulo, em fevereiro de 2016. A empresa também iniciou acordo de code-share com a British Airways. Porém a companhia vai deixar de voar para Milão em novembro, a Lan vai operar a rota em seu lugar.
United
A empresa anunciou a redução da oferta de assentos na rota Chicago - São Paulo, em abril de 2016, com a troca do Boeing 777-200 pelo Boeing 767-300.
Atualização 20/10/2015
A Latam divulgou no dia 19 de outubro os seus planos para o mercado internacional. A rota entre Belo Horizonte e Miami será cancelada em março de 2016 e a rota entre Manaus e Miami vai perder uma frequência semanal em abril de 2016. Já a rota entre Fortaleza e Miami vai ganhar um frequência semanal e o voo entre Brasília e Orlando vai se tornar diário. Os voos entre São Paulo e Orlando serão operados com o Airbus A350 no ano que vem, mas a frequência dessa rota vai diminuir de 11 para 7 semanais. A Tam também vai voltar a voar para Bogotá e aumentar o número de voos entre São Paulo e Lima (substituindo a Lan Peru). Além disso a rota entre São Paulo e Barcelona vai se tornar diária a partir de julho de 2016 e a Tam deverá lançar a rota São Paulo - Johannesburgo, se tornando a única companhia aérea da América Latina a voar para África.
A Lan já aumentou a frequência entre Santiago e Madrid e vai assumir o voo para Milão atualmente operado pela Tam. A Lan Peru vai aumentar de 14 para 17 as frequências semanais entre Lima e Miami e inaugurar voos entre Lima e Washington, Montevidéu e Antofagasta. Por fim a Lan Colombia começará a operar a rota Bogotá – Punta Cana.
Atualização 13/11/2015
Mais uma que sai do Brasil, a Tame informou que irá deixar de voar para o Brasil a partir de janeiro de 2016.
sábado, 10 de outubro de 2015
A Primeira Classe está acabando?
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aviacaocomercial.net
Não é de hoje que as companhias aéreas vêm reduzindo o número de assentos na Primeira Classe (First Class). Em 1955, quando a Varig recebeu o seu primeiro Lockheed Super G Constellation, a maioria dos assentos eram de Primeira Classe: 38 assentos contra apenas 15 assentos na classe econômica (na época mais conhecida como Classe Turística).
Naquela época viajar de avião era privilégio de um grupo muito seleto de pessoas. Muito lentamente, os preços das passagens aéreas foram diminuindo e cada vez mais pessoas começaram a viajar de avião. A Primeira Classe foi ficando cada vez menor e a Classe Econômica cada vez maior.
O primeiro grande impulso para o declínio dos preços foi a desregulamentação do setor, que permitiu o aumento da concorrência. Nos EUA a desregulamentação chegou na década de 70, mas no Brasil apenas nos anos 90.
Nos anos 80 a Classe Executiva chegou no Brasil. Uma classe intermediária entre a Primeira Classe e a Classe Econômica, criada no final dos anos 70. Na época os Douglas DC-10-30 da Varig foram reconfigurados, diminuindo de 30 para 20 o número de assentos na Primeira Classe quando ganharam 35 assentos de Classe Executiva.
Porém foi na década de 90 e inicio dos anos 2000 que a Primeira Classe começou a sumir. Os wide-body (aeronaves de fuselagem larga), que antes tinham 20 assentos na Primeira Classe, passaram a ter 18, depois 12, 8, 6, 4 e até mesmo 0. Mas por que as companhias aéreas estão acabando com a Primeira Classe?
Poucos passageiros realmente pagam para voar na Primeira Classe.
Hoje em dia, o orçamentos de viagens corporativas cada vez mais apertado. De acordo com a consultoria Advito, menos de 20% de seus clientes permitem que os funcionários voem de Primeira Classe em voos de longo curso, enquanto que cerca de 75% autorizam viagens de Classe Executiva.
A maioria dos passageiros que voam na Primeira Classe usam as milhas dos programas de milhagem para fazer um up-grade, depois de comprarem uma passagem para a Classe Executiva. Apenas um quarto dos passageiros de Primeira Classe pagam a tarifa cheia, de acordo com a Atmosphere Research Group.
A diferença entre a Primeira Classe e a Classe Executiva nunca foi tão pequena.
Nos últimos anos, as companhias aéreas vêm melhorando cada vez mais os serviços da Classe Executiva, que hoje em dia é muito melhor do que a Primeira Classe oferecida nos anos 90, por exemplo. Assentos que reclinam 180º, menu de um chef celebridade e atendimento personalizado, eram coisas que só existiam na Primeira Classe e agora são padrão na Classe Executiva. Com o upgrade da Classe Executiva atual, há pouca diferença de qualidade entre a Primeira Classe e Classe Executiva, apesar da grande diferença de preço. Tarifas de Primeira Classe podem custar cerca de dois terços a mais do que as da Classe Executiva, de acordo com a Harrell Associates.
Primeira Classe pelo mundo.
Nos EUA a Primeira Classe corre grande risco de extinção. A Delta abandonou a Primeira Classe em troca de uma Classe Executiva melhorada. A American Airlines planeja reduzir a oferta de assentos na Primeira Classe em 90%. E a United pretende reduzir em 1/3 a oferta de assentos na Primeira Classe.
Na Europa, a Primeira Classe é um pouco mais presente. As companhias aéreas europeias parecem ter mais condição de competir com o luxo das companhias aéreas do Oriente Médio, por oferecerem serviços premium de melhor qualidade do que as americanas. Porém muitas companhias europeias também abandonaram a Primeira Classe, que só é encontrada agora nas companhias aéreas dos países mais ricos como Lufthansa, Air France, British Airways e Swiss. Mesmo assim, todas essas companhias reduziram a quantidade de assentos na Primeira Classe nos últimos anos.
A Ásia é a região do planeta onde as companhias aéreas têm tido mais resistência em reduzir Primeira Classe, porém as companhias tradicionais como a JAL, tem uma oferta bem limitada de assentos nessa categoria.
Na África e América Latina a Primeira Classe já é coisa do passado. A última grande empresa da América Latina que ainda oferecia Primeira Classe era a Tam, que acabou com o serviço em novembro do ano passado.
As grandes companhias aéreas do Oriente Médio estão monopolizando a Primeira Classe.
Se no resto do mundo a Primeira Classe está sumindo, no Oriente Médio ela está mais viva do que nunca. Nos anos 2000 um novo grupo de companhias aéreas começou a apostar no luxo e mimos para os passageiros. Companhias aéreas até então pouco conhecidas como Singapore e Emirates começaram a despontar como melhores companhias aéreas do mundo, oferecendo serviços superiores às até então "top de linha" americanas, europeias e JAL. Muitas outras companhias do Oriente Médio e sudeste asiático copiaram esse modelo e se proliferaram como Asiana e Qatar. A Ethiad até inventou um novo tipo de Primeira Classe, ao invés de apenas um assento, oferece suítes e mini-apartamentos a bordo.
No entanto o reinado da Primeira Classe no Oriente Médio pode estar ameaçado. A Emirates está estudando a retirada da Primeira Classe de alguns de seus A380, a aeronave com apenas Classe Executiva e Classe Econômica deverá ter nada menos que 615 assentos!
A popularização da Classe Econômica Premium.
Assim como a Classe Executiva foi criada pensando-se numa classe intermediária entre a Primeira Classe e a Classe Econômica, a Classe Econômica Premium é uma classe entre a Classe Executiva e a Classe Econômica. Com o mercado de aviação cada vez mais popular, as companhias aéreas têm migrado para um modelo mais adequado a nova realidade: sem Primeira Classe e com Classe Executiva, Classe Econômica Premium e Classe Econômica.
Mesmo que tenham o mesmo nome, a Classe Econômica Premium é bem diferente, dependendo da companhia aérea. Algumas empresas simplesmente usam essa classe para oferecer assentos com maior espaço entre as fileiras, com o assento do meio bloqueado ou os assentos localizados nas saídas de emergência ou primeira fileira (com mais espaço). Porém outras oferecem assentos maiores, mais equipados e serviços de melhor qualidade. Com a Classe Econômica ficando cada vez mais apertada e com serviços mais "econômicos", fica a dúvida se a Classe Econômica Premium é realmente uma novidade. Talvez ela seja a Classe Econômica de antigamente, enquanto a Classe Econômica atual é que é o inédito: assentos mais finos do que nunca e mais assentos por fileira.
Primeira Classe só no nome.
As grandes companhias aéreas norte-americanas continuam a oferecer um serviço chamado de "Primeira Classe" em rotas curtas, mas na verdade são o que antigamente se chamava de Classe Executiva para voos de curta distância.
Primeira Classe no Super G Constellation da Varig |
O primeiro grande impulso para o declínio dos preços foi a desregulamentação do setor, que permitiu o aumento da concorrência. Nos EUA a desregulamentação chegou na década de 70, mas no Brasil apenas nos anos 90.
Nos anos 80 a Classe Executiva chegou no Brasil. Uma classe intermediária entre a Primeira Classe e a Classe Econômica, criada no final dos anos 70. Na época os Douglas DC-10-30 da Varig foram reconfigurados, diminuindo de 30 para 20 o número de assentos na Primeira Classe quando ganharam 35 assentos de Classe Executiva.
Primeira Classe no DC-10 da Varig |
Poucos passageiros realmente pagam para voar na Primeira Classe.
Hoje em dia, o orçamentos de viagens corporativas cada vez mais apertado. De acordo com a consultoria Advito, menos de 20% de seus clientes permitem que os funcionários voem de Primeira Classe em voos de longo curso, enquanto que cerca de 75% autorizam viagens de Classe Executiva.
A maioria dos passageiros que voam na Primeira Classe usam as milhas dos programas de milhagem para fazer um up-grade, depois de comprarem uma passagem para a Classe Executiva. Apenas um quarto dos passageiros de Primeira Classe pagam a tarifa cheia, de acordo com a Atmosphere Research Group.
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Primeira Classe? Não, é a Classe Executiva da Singapore |
Nos últimos anos, as companhias aéreas vêm melhorando cada vez mais os serviços da Classe Executiva, que hoje em dia é muito melhor do que a Primeira Classe oferecida nos anos 90, por exemplo. Assentos que reclinam 180º, menu de um chef celebridade e atendimento personalizado, eram coisas que só existiam na Primeira Classe e agora são padrão na Classe Executiva. Com o upgrade da Classe Executiva atual, há pouca diferença de qualidade entre a Primeira Classe e Classe Executiva, apesar da grande diferença de preço. Tarifas de Primeira Classe podem custar cerca de dois terços a mais do que as da Classe Executiva, de acordo com a Harrell Associates.
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Primeira Classe na Tam (2012) |
Nos EUA a Primeira Classe corre grande risco de extinção. A Delta abandonou a Primeira Classe em troca de uma Classe Executiva melhorada. A American Airlines planeja reduzir a oferta de assentos na Primeira Classe em 90%. E a United pretende reduzir em 1/3 a oferta de assentos na Primeira Classe.
Na Europa, a Primeira Classe é um pouco mais presente. As companhias aéreas europeias parecem ter mais condição de competir com o luxo das companhias aéreas do Oriente Médio, por oferecerem serviços premium de melhor qualidade do que as americanas. Porém muitas companhias europeias também abandonaram a Primeira Classe, que só é encontrada agora nas companhias aéreas dos países mais ricos como Lufthansa, Air France, British Airways e Swiss. Mesmo assim, todas essas companhias reduziram a quantidade de assentos na Primeira Classe nos últimos anos.
A Ásia é a região do planeta onde as companhias aéreas têm tido mais resistência em reduzir Primeira Classe, porém as companhias tradicionais como a JAL, tem uma oferta bem limitada de assentos nessa categoria.
Na África e América Latina a Primeira Classe já é coisa do passado. A última grande empresa da América Latina que ainda oferecia Primeira Classe era a Tam, que acabou com o serviço em novembro do ano passado.
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Mini-apartamento na Etihad |
Se no resto do mundo a Primeira Classe está sumindo, no Oriente Médio ela está mais viva do que nunca. Nos anos 2000 um novo grupo de companhias aéreas começou a apostar no luxo e mimos para os passageiros. Companhias aéreas até então pouco conhecidas como Singapore e Emirates começaram a despontar como melhores companhias aéreas do mundo, oferecendo serviços superiores às até então "top de linha" americanas, europeias e JAL. Muitas outras companhias do Oriente Médio e sudeste asiático copiaram esse modelo e se proliferaram como Asiana e Qatar. A Ethiad até inventou um novo tipo de Primeira Classe, ao invés de apenas um assento, oferece suítes e mini-apartamentos a bordo.
No entanto o reinado da Primeira Classe no Oriente Médio pode estar ameaçado. A Emirates está estudando a retirada da Primeira Classe de alguns de seus A380, a aeronave com apenas Classe Executiva e Classe Econômica deverá ter nada menos que 615 assentos!
A popularização da Classe Econômica Premium.
Assim como a Classe Executiva foi criada pensando-se numa classe intermediária entre a Primeira Classe e a Classe Econômica, a Classe Econômica Premium é uma classe entre a Classe Executiva e a Classe Econômica. Com o mercado de aviação cada vez mais popular, as companhias aéreas têm migrado para um modelo mais adequado a nova realidade: sem Primeira Classe e com Classe Executiva, Classe Econômica Premium e Classe Econômica.
Mesmo que tenham o mesmo nome, a Classe Econômica Premium é bem diferente, dependendo da companhia aérea. Algumas empresas simplesmente usam essa classe para oferecer assentos com maior espaço entre as fileiras, com o assento do meio bloqueado ou os assentos localizados nas saídas de emergência ou primeira fileira (com mais espaço). Porém outras oferecem assentos maiores, mais equipados e serviços de melhor qualidade. Com a Classe Econômica ficando cada vez mais apertada e com serviços mais "econômicos", fica a dúvida se a Classe Econômica Premium é realmente uma novidade. Talvez ela seja a Classe Econômica de antigamente, enquanto a Classe Econômica atual é que é o inédito: assentos mais finos do que nunca e mais assentos por fileira.
Primeira Classe só no nome.
As grandes companhias aéreas norte-americanas continuam a oferecer um serviço chamado de "Primeira Classe" em rotas curtas, mas na verdade são o que antigamente se chamava de Classe Executiva para voos de curta distância.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Azul apresenta A330 com interior reformulado
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aviacaocomercial.net
A partir de outubro os passageiros da Azul com destino a Fort Lauderdale poderão experimentar o novo interior escolhido pela empresa. A novidade chega para os passageiros de Orlando em novembro.
Os sete Airbus A330-200 da Azul estão sendo reformados gradualmente, recebendo o novo interior, composto de três classes.
A classe executiva, batizada de Xtra Business, possui configuração 1+2+1, de modo que todos os passageiros tem acesso ao corredor. Além de entretenimento individual Panasonic Avionics' eX3 com telas de 16'', luz individual, conexão USB e tomada. A poltrona reclina 180º e se transforma numa cama de quase 2 metros.
Já na classe econômica premium, batizada de Economy Xtra, tem configuração 2+4+2, 86 cm de espaço para as pernas, telas individuais de 9'', tomadas e conexão USB. A Azul também irá oferecer o Skycouches, produto criado pela Air New Zealand, onde três ou quatro assentos podem se transformar em cama ou sofá.
Por fim a classe econômica, batizada de Economy, tem configuração de 2+4+2, telas individuais de 9'', tomadas e conexão USB.
Atualmente a Azul oferece voos para Fort Lauderdale a partir de Campinas e para Orlando a partir de Campinas e Belo Horizonte. A companhia tinha planos de lançar voos para Orlando a partir de São Paulo, mas desistiu ao menos por enquanto. Além disso a Azul tem acordo de code-share com a United e interline com a Jetblue.
http://www.voeazul.com.br/azul-xtra
Os sete Airbus A330-200 da Azul estão sendo reformados gradualmente, recebendo o novo interior, composto de três classes.
A classe executiva, batizada de Xtra Business, possui configuração 1+2+1, de modo que todos os passageiros tem acesso ao corredor. Além de entretenimento individual Panasonic Avionics' eX3 com telas de 16'', luz individual, conexão USB e tomada. A poltrona reclina 180º e se transforma numa cama de quase 2 metros.
Já na classe econômica premium, batizada de Economy Xtra, tem configuração 2+4+2, 86 cm de espaço para as pernas, telas individuais de 9'', tomadas e conexão USB. A Azul também irá oferecer o Skycouches, produto criado pela Air New Zealand, onde três ou quatro assentos podem se transformar em cama ou sofá.
Atualmente a Azul oferece voos para Fort Lauderdale a partir de Campinas e para Orlando a partir de Campinas e Belo Horizonte. A companhia tinha planos de lançar voos para Orlando a partir de São Paulo, mas desistiu ao menos por enquanto. Além disso a Azul tem acordo de code-share com a United e interline com a Jetblue.
http://www.voeazul.com.br/azul-xtra
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