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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Adeus Pantanal


O dia 23 de agosto foi marcado pelo último voo da Pantanal Linhas Aéreas. A partir dessa data, os voos passam a ser realizados pela Tam, que comprou a companhia em dezembro de 2009. A história da Pantanal e da Tam se cruzaram desde o inicio. A Pantanal foi criada em 1989 e começou a operar como regional em 1991 justamente nas rotas que a Tam havia deixado de operar, em parceria com a própria. Depois a companhia passou a ser independente e renovou a frota com EMB-120 e depois com ATR-42. Em 2009 a companhia foi comprada pela Tam, que aposentou os ATR e repassou dois A319 e um A320 para empresa.

Nostalgia 3: Panair com Concorde? Em algum momento isso foi verdade

No último post nostálgico: as aeronaves que as companhias brasileiras encomendaram, mas nunca receberam.
Vamos começar com a Panair do Brasil. A companhia tem como origem a Pan Am e teve seu auge da década de 50, apesar de ter sido a maior companhia da América Latina até o seu fim, em 1965. A Panair iria ser a primeira companhia aérea do Brasil e uma das primeiras do mundo a operar uma aeronave a jato, quando encomendou o DH. Comet1 em 1952. Mas a aeronave acabou sendo proibida de voar, após vários acidentes e a Panair trocou o Comet pelo DC-7. Já na década de 60, a Panair encomendou e recebeu aeronaves Caravelle 6R. Essa encomenda dava direito à Panair de ser uma das primeiras companhias a receber o Super Caravelle, que acabou se tornando o Concorde. A Panair seria uma das primeiras do mundo a receber a aeronave, junto com Air France, BOAC e Pan Am. No entanto Panair nunca recebeu o Concorde e mesmo se não tivesse fechado as portas, dificilmente receberia. Pouco antes de ter sua falência decretada, a companhia pretendia substituir os seus Caravelle por Electra II.
A próxima é a Real, que na década de 50/60 era uma das maiores companhias aéreas do mundo em frota, com mais de cem unidades! A Real pretendia renovar a frota com aeronaves Electra II e Convair 990. E a companhia recebeu as aeronaves, porém não era mais a Real e sim a Varig, que tinha comprado a empresa. A Varig bem que tentou, mas não conseguiu evitar o recebimento das encomendas da Real. Mal sabia a Varig que ela iria ganhar uma grana preta com os Electra II, que reinaram absolutos na Ponte Aérea Rio-São Paulo durante anos.
Já que estamos falando da Varig, a próxima será ela mesma. Além dos Electra II, Convair 990 e DC-6 oriundos da Real, a Varig também nunca pensou que operaria o DC-8. Isso só ocorreu porque a Panair faliu e a Varig não tinha aeronaves suficientes para cobrir toda a malha internacional que teria que operar com o fim da companhia. Outra encomenda que não foi da Varig foi o Airbus A300. Essa foi feita pela Cruzeiro, comprada pela Varig na década de 70. Mas a Varig gostou tanto da aeronave, que recebeu duas das quatro unidades encomendadas no lugar da Cruzeiro. E a Airbus iria continuar presente na frota da Varig, pois ela estava de olho no Airbus A310 como substituto do Boeing 707. Mas com uma forcinha da Boeing, a Varig acabou escolhendo o Boeing 767.
A Transbrasil também estava louca para adquirir o Airbus A300. Alias, verdade seja dita, a Transbrasil foi a primeira que manifestou interesse em comprar o A300. Porém foi a única que não recebeu: Varig, Vasp e Cruzeiro tiveram os seus. A Transbrasil então se voltou para a Boeing e foi uma das primeiras a operar o Boeing 767. Depois a companhia partiu para o Boeing 757 e Boeing 777, chegando a anunciar a encomenda de três B757 em 1981 e três B777 em 1993. Depois a companhia resolveu trocar o 757 pelo 737-300 e os 777 nunca vieram.
Mas recentemente temos a Tam, que iria adquirir aeronaves Airbus A310 ao invés de A330-200. Porém a companhia acabou decidindo pelos (na época) novíssimos A330 e assim ter uma aeronaves "top de linha" para concorrer com a ainda toda poderosa Varig e as companhias estrangeiras. Nos inicio dos anos 2000 vieram os boatos de que a Tam iria substituir os Fokker 100 por A318 ou E-Jets, mas ela acabou decidindo troca-los por A319 e A320.
Por fim temos a Vasp, que é a campeã em anunciar aeronaves que nunca recebeu. A que mais chegou perto de se realizar foram nove Airbus A310 em 1982. Depois foram só anúncios “da boca pra fora”: incluindo Boeing 767, Embraer ERJ-145 e Embraer E-Jets.

Gostou dos posts nostálgicos? Então entre na seção "Nostalgia" e "Propagandas" em www.aviacaocomercial.net e volte no tempo!
segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nostalgia 2: E se a Varig não tivesse crise financeira?

A Varig foi a primeira companhia aérea do Brasil, fundada em maio de 1927. A companhia começou com voos no sul do país, partindo de Porto Alegre. Na década de 40 a Varig iniciou o primeiro voo internacional entre Porto Alegre e Montevidéu e chegou ao Rio de Janeiro. Nos anos 50 a empresa começou a voar para Nova York e chegou na região nordeste. Mas foi nos anos 60 que o Brasil todo e mundo passou a conhecer a Varig. A empresa comprou o Consórcio Real-Aerovias-Nacional e se tornou líder absoluta no mercado nacional. A Panair do Brasil fechou as portas e a Varig passou a operar as rotas para Europa e Oriente Médio, se tornando a maior companhia aérea da América Latina. A década de 70 foi o auge, onde ela se estabeleceu como uma das maiores e melhores companhias aéreas do mundo e expandiu-se para África e Ásia. Foi na década de 80 que as nuvens começaram a ficar pretas: foi a “década perdida” para o Brasil e a hiperinflação começou a causar prejuízos para as companhias aéreas. Os anos 90 foram o começo do fim da Varig: crise financeira, fim do monopólio nas rotas internacionais e aumento da concorrência, acarretaram na redução da frota e da malha. A Varig entrou nos anos 2000 “soterrada” em dividas. Fusão com Transbrasil e Vasp, fusão com Tam e compra pela Air Canada, Lan e Tap, nada disso aconteceu. A companhia foi encolhendo ano após ano, até que em julho de 2006, encontrou o seu fim.
Mas e se a Varig não estivesse em crise financeira? Como seria a sua evolução? Como estaria a sua frota?
Nesse segundo post nostálgico, nós montamos uma tabela de como seria a frota da Varig caso as suas últimas encomendas fossem entregues. As últimas encomendas da companhia foram: 1) 1990: Boeing 737-300, Boeing 747-400 e MD-11. 2) 1998: Boeing 737-700, Boeing 737-800, Boeing 767-300ER, Boeing 777-200. Também consideramos que a companhia iria adquirir aeronaves Boeing 757 e transformar seus MD-11 em cargueiros. A frota inclui Varig, Rio Sul, Nordeste e VarigCargo/Varig Log.


Aeronave/Ano
1995
1997
2000
2002
2005
Boeing 727-100F
5
5
5
4

Boeing 727-200F


1
3
4
Boeing 737-200
16
15
12
6

Boeing 737-300
25
30
36
42
40
Boeing 737-500
7
14
19
20
20
Boeing 737-700


6
10
15
Boeing 737-800



6
16
Boeing 747-300
5
5



Boeing 747-400
3
4
6
7
11
Boeing 757-200




8
Boeing 757-200F




3
Boeing 767-200ER
6
6
6
6

Boeing 767-300ER
4
6
8
10
12
Boeing 777-200ER



4
8
DC-10-30
8
6



DC-10-30F
2
2
3
3
2
MD-11
6
9
15
14
8
MD-11F




2
EMB-120
11
9
5


ERJ-145

6
15
15
11
Fokker F-50
10
6
3


TOTAL:
108
123
140
150
160
segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Nostalgia 1: DC-10 e B787 a história se repete

Em breve o site Aviacaocomercial.net vai adicionar novas reportagens e propagandas na seção "Nostalgia". Até lá o blog terá três posts nostálgicos. Esse é o primeiro deles e lembra o caso da aeronave Douglas DC-10, que ficou impedida de voar em 1979, após um acidente nos EUA. Assim como aconteceu com o novo Boeing 787 há alguns meses atrás, todas as companhias que operavam o DC-10 foram prejudicadas. Após a descoberta do que causou o acidente, os DC-10 puderam voltar a voar depois de passarem por uma atualização para corrigir o problema.
Se interessou? Leia três reportagens (duas do jornal O Globo e uma da revista Veja) abaixo. Clique para ampliar.


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