quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Adeus Pantanal
Nostalgia 3: Panair com Concorde? Em algum momento isso foi verdade
No último post
nostálgico: as aeronaves que as companhias brasileiras encomendaram, mas nunca
receberam.
Vamos começar com a
Panair do Brasil. A companhia tem como origem a Pan Am e teve seu auge da
década de 50, apesar de ter sido a maior companhia da América Latina até o seu
fim, em 1965. A Panair iria ser a primeira companhia aérea do Brasil e uma das
primeiras do mundo a operar uma aeronave a jato, quando encomendou o DH. Comet1 em 1952. Mas a aeronave acabou sendo proibida de voar, após vários acidentes
e a Panair trocou o Comet pelo DC-7. Já na década de 60, a Panair encomendou e recebeu aeronaves Caravelle 6R. Essa encomenda dava direito à Panair de ser
uma das primeiras companhias a receber o Super Caravelle, que acabou se tornando o Concorde. A Panair seria uma das primeiras do mundo a
receber a aeronave, junto com Air France, BOAC e Pan Am. No entanto Panair nunca recebeu
o Concorde e mesmo se não tivesse fechado as portas, dificilmente receberia. Pouco antes
de ter sua falência decretada, a companhia pretendia substituir os seus
Caravelle por Electra II.
A próxima é a Real,
que na década de 50/60 era uma das maiores companhias aéreas do mundo em frota,
com mais de cem unidades! A Real pretendia renovar a frota com aeronaves
Electra II e Convair 990. E a companhia recebeu as aeronaves, porém não era
mais a Real e sim a Varig, que tinha comprado a empresa. A Varig bem que
tentou, mas não conseguiu evitar o recebimento das encomendas da Real. Mal
sabia a Varig que ela iria ganhar uma grana preta com os Electra II, que
reinaram absolutos na Ponte Aérea Rio-São Paulo durante anos.
Já que estamos
falando da Varig, a próxima será ela mesma. Além dos Electra II, Convair 990 e
DC-6 oriundos da Real, a Varig também nunca pensou que operaria o DC-8. Isso só
ocorreu porque a Panair faliu e a Varig não tinha aeronaves suficientes para
cobrir toda a malha internacional que teria que operar com o fim da companhia.
Outra encomenda que não foi da Varig foi o Airbus A300. Essa foi feita pela
Cruzeiro, comprada pela Varig na década de 70. Mas a Varig gostou tanto da
aeronave, que recebeu duas das quatro unidades encomendadas no lugar da
Cruzeiro. E a Airbus iria continuar presente na frota da Varig, pois ela estava
de olho no Airbus A310 como substituto do Boeing 707. Mas com uma forcinha da
Boeing, a Varig acabou escolhendo o Boeing 767.
A Transbrasil também
estava louca para adquirir o Airbus A300. Alias, verdade seja dita, a
Transbrasil foi a primeira que manifestou interesse em comprar o A300. Porém
foi a única que não recebeu: Varig, Vasp e Cruzeiro tiveram os seus. A
Transbrasil então se voltou para a Boeing e foi uma das primeiras a operar o
Boeing 767. Depois a companhia partiu para o Boeing 757 e Boeing 777, chegando
a anunciar a encomenda de três B757 em 1981 e três B777 em 1993. Depois a companhia resolveu trocar o 757 pelo 737-300 e os 777 nunca vieram.
Mas recentemente temos a Tam, que iria adquirir aeronaves Airbus A310 ao invés de A330-200. Porém a companhia acabou decidindo pelos (na época) novíssimos A330 e assim ter uma aeronaves "top de linha" para concorrer com a ainda toda poderosa Varig e as companhias estrangeiras. Nos inicio dos anos 2000 vieram os boatos de que a Tam iria substituir os Fokker 100 por A318 ou E-Jets, mas ela acabou decidindo troca-los por A319 e A320.
Por fim temos a Vasp,
que é a campeã em anunciar aeronaves que nunca recebeu. A que mais chegou perto
de se realizar foram nove Airbus A310 em 1982. Depois foram só anúncios “da
boca pra fora”: incluindo Boeing 767, Embraer ERJ-145 e Embraer E-Jets.
Gostou dos posts nostálgicos? Então entre na seção "Nostalgia" e "Propagandas" em www.aviacaocomercial.net e volte no tempo!
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Nostalgia 2: E se a Varig não tivesse crise financeira?
A Varig foi a
primeira companhia aérea do Brasil, fundada em maio de 1927. A companhia
começou com voos no sul do país, partindo de Porto Alegre. Na década de 40 a
Varig iniciou o primeiro voo internacional entre Porto Alegre e Montevidéu e
chegou ao Rio de Janeiro. Nos anos 50 a empresa começou a voar para Nova York e
chegou na região nordeste. Mas foi nos anos 60 que o Brasil todo e mundo passou
a conhecer a Varig. A empresa comprou o Consórcio Real-Aerovias-Nacional e se
tornou líder absoluta no mercado nacional. A Panair do Brasil fechou as portas
e a Varig passou a operar as rotas para Europa e Oriente Médio, se tornando a
maior companhia aérea da América Latina. A década de 70 foi o auge,
onde ela se estabeleceu como uma das maiores e melhores companhias aéreas do
mundo e expandiu-se para África e Ásia. Foi na década de 80 que as nuvens
começaram a ficar pretas: foi a “década perdida” para o Brasil e a
hiperinflação começou a causar prejuízos para as companhias aéreas. Os anos 90
foram o começo do fim da Varig: crise financeira, fim do monopólio nas rotas
internacionais e aumento da concorrência, acarretaram na redução da frota e da
malha. A Varig entrou nos anos 2000 “soterrada” em dividas. Fusão com
Transbrasil e Vasp, fusão com Tam e compra pela Air Canada, Lan e Tap, nada disso
aconteceu. A companhia foi encolhendo ano após ano, até que em julho de 2006,
encontrou o seu fim.
Mas e se a Varig não
estivesse em crise financeira? Como seria a sua evolução? Como estaria a sua
frota?
Nesse segundo post nostálgico, nós montamos uma tabela de como seria a frota da
Varig caso as suas últimas encomendas fossem entregues. As últimas encomendas
da companhia foram: 1) 1990: Boeing 737-300, Boeing 747-400 e MD-11. 2) 1998:
Boeing 737-700, Boeing 737-800, Boeing 767-300ER, Boeing 777-200. Também
consideramos que a companhia iria adquirir aeronaves Boeing 757 e transformar
seus MD-11 em cargueiros. A frota inclui Varig, Rio Sul, Nordeste e VarigCargo/Varig Log.
Aeronave/Ano
|
1995
|
1997
|
2000
|
2002
|
2005
|
Boeing 727-100F
|
5
|
5
|
5
|
4
|
|
Boeing 727-200F
|
|
|
1
|
3
|
4
|
Boeing 737-200
|
16
|
15
|
12
|
6
|
|
Boeing 737-300
|
25
|
30
|
36
|
42
|
40
|
Boeing 737-500
|
7
|
14
|
19
|
20
|
20
|
Boeing 737-700
|
|
|
6
|
10
|
15
|
Boeing 737-800
|
|
|
|
6
|
16
|
Boeing 747-300
|
5
|
5
|
|
|
|
Boeing 747-400
|
3
|
4
|
6
|
7
|
11
|
Boeing 757-200
|
|
|
|
|
8
|
Boeing 757-200F
|
|
|
|
|
3
|
Boeing 767-200ER
|
6
|
6
|
6
|
6
|
|
Boeing 767-300ER
|
4
|
6
|
8
|
10
|
12
|
Boeing 777-200ER
|
|
|
|
4
|
8
|
DC-10-30
|
8
|
6
|
|
|
|
DC-10-30F
|
2
|
2
|
3
|
3
|
2
|
MD-11
|
6
|
9
|
15
|
14
|
8
|
MD-11F
|
|
|
|
|
2
|
EMB-120
|
11
|
9
|
5
|
|
|
ERJ-145
|
|
6
|
15
|
15
|
11
|
Fokker F-50
|
10
|
6
|
3
|
|
|
TOTAL:
|
108
|
123
|
140
|
150
|
160
|
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Nostalgia 1: DC-10 e B787 a história se repete
Em breve o site Aviacaocomercial.net vai adicionar novas reportagens e propagandas na seção "Nostalgia". Até lá o blog terá três posts nostálgicos. Esse é o primeiro deles e lembra o caso da aeronave Douglas DC-10, que ficou impedida de voar em 1979, após um acidente nos EUA. Assim como aconteceu com o novo Boeing 787 há alguns meses atrás, todas as companhias que operavam o DC-10 foram prejudicadas. Após a descoberta do que causou o acidente, os DC-10 puderam voltar a voar depois de passarem por uma atualização para corrigir o problema.
Se interessou? Leia três reportagens (duas do jornal O Globo e uma da revista Veja) abaixo. Clique para ampliar.
Se interessou? Leia três reportagens (duas do jornal O Globo e uma da revista Veja) abaixo. Clique para ampliar.
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