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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Participação no Mercado em 2015

Em 2015 o mercado nacional desacelerou novamente, refletindo a crise econômica vivida pelo Brasil. As companhias aéreas transportaram apenas 1% a mais de passageiros em relação a 2014. Entre as principais companhias no mercado nacional, apenas a Tam apresentou redução na oferta e na demanda de passageiros. Avianca, Azul e Passaredo ganharam participação, enquanto Gol e Tam perderam. A ocupação das aeronaves se manteve estável em 79%, o maior patamar nos últimos anos.
O mercado internacional manteve-se praticamente estável em 2015, crescendo 0,37% em relação a 2014. Porém as companhias brasileiras avançaram, puxado principalmente pela entrada da Azul nesse segmento, alcançando 25% (cerca de 3 pontos percentuais a mais que em 2014). A crise econômica enfrentada pelo Brasil atingiu mais fortemente os voos para os EUA, o que gerou uma redução na demanda das companhias americanas American, United e Delta. No total os voos para Europa também sofreram redução, mas as companhias apresentaram comportamentos diferentes. Enquanto companhias como Tap, Air France, Lufthansa e Iberia apresentaram queda na demanda, British, Alitalia, Swiss e KLM apresentaram crescimento.

Participação no mercado 2015
Empresa Milhões de passageiros (RPK) Ocupação das aeronaves Participação no mercado Crescimento 2015x2014
Mercado nacional
Tam 34,63 81% 36,69% -2,72%
Gol 33,90 78% 35,92% 0,51%
Azul 16,04 79% 16,99% 3,27%
Avianca 8,91 84% 9,44% 14,07%
Passaredo 0,75 74% 0,79% 43,80%
outras 0,15 62% 0,17% 9,22%
Total 94,38 80% 100% 1,12%
Mercado internacional
Tam 26,02 83% 20,34% 5,62%
American Airlines 12,52 74% 9,79% -5,65%
Air France/KLM 10,44 85% 8,16% 2,11%
Tap 9,63 81% 7,53% -9,57%
Grupo IAG 8,05 81% 6,30% 1,21%
Grupo Lufthansa 6,85 77% 5,36% -3,25%
Emirates 5,64 78% 4,41% -3,22%
United 5,47 73% 4,28% -8,67%
Copa 4,75 72% 3,71% -3,66%
Gol 4,50 72% 3,52% 3,56%
Azul 2,59 84% 2,02% 1754,90%
outras 31,48 79% 24,58% -3,38%
Total 127,94 79% 100% 0,37%

Tam: A Tam foi a única companhia brasileira regular que reduziu a oferta e apresentou queda na demanda de passageiros no mercado nacional. A estratégia da companhia é ajustar a oferta para manter uma taxa de ocupação ao redor de 81%. A companhia fechou 2015 com uma ocupação média das aeronaves de 81,39%. Em 2015 a Tam focou em fortalecer a conectividade em São Paulo, seu principal Hub, e Brasília, escolhido como o segundo principal Hub. No mercado internacional a Tam inaugurou novos voos para Miami, Orlando, Toronto, Punta Cana, Barcelona e Punta Del Este, mas também anunciou reduções nos voos para os EUA e o voo para Milão passou a ser operado pelo Boeing 787-8 da Lan. Durante o ano de 2015 a Tam recebeu novos Airbus A321, que substituíram principalmente os A320 no mercado nacional. A companhia também pretende manter por mais tempo que os A319 para iniciar novas rotas regionais. Para 2016 a Tam pretende receber mais A321, porém a oferta no mercado nacional deve se manter estável. No mercado internacional, 2016 deverá ser o último ano para os Airbus A330-200 e o primeiro para os A350-900, que deverão operar para Miami, Orlando, Madrid e Nova York. 

Gol: No mercado nacional, a Gol manteve a oferta estável e a demanda também ficou estável, porém cresceu um pouco mais que a oferta, fazendo a ocupação média das aeronaves subir para 78,03% em 2015. Apesar da intenção da companhia ser manter a oferta estável ou reduzir no mercado nacional, a Gol avança lentamente para a liderança do mercado e em 2015 menos de 1 ponto percentual separa a Gol da Tam. No mercado internacional, a Gol continuou com sua estratégia de expansão para conseguir mais receita em dólares, aumentando o número de frequências principalmente para Argentina e EUA, além de ampliar os acordos de code-share. Porém a crise econômica brasileira acabou afetando os planos da empresa, que foi obrigada a reduzir a oferta internacional e acabar com os voos regulares para os EUA. Em 2015 a companhia recebeu o primeiro Boeing 737-800 equipado com Scimitar Winglets, que reduz o consumo de combustível principalmente em voos mais longos. Apesar do ano conturbado, a Gol apresentou aumento de oferta, demanda e ocupação média das aeronaves em 2015.

Azul: Os tempos de altas taxas de crescimento ficaram para trás na Azul, pelo menos por enquanto. Depois de pisar no freio em 2014, a companhia começou a reduzir a oferta no final de 2015. A companhia apresentou sua participação no mercado em apenas 0,32 ponto percentual e diminuiu a ocupação média das aeronaves para 78,88%. Em 2015 a companhia aposentou todos os ATR-42, padronizando a frota com ATR-72, E-190, E-195 e A330. No mercado internacional a Azul iniciou 2015 com forte expansão e pretendia lançar voos para Flórida a partir de Belo Horizonte e São Paulo, além de voos para Nova York. Porém com a piora da economia brasileira, a companhia recuou e manterá apenas voos internacionais regulares a partir de Campinas. Depois do acordo de code-share com a Tap, a Azul anunciou que irá voar de Campinas para Lisboa. A Empresa também ampliou bastante o acordo de code-share com a United. O ano de 2016 promete grandes novidades para a Azul com a chegada dos primeiros Airbus A320neo, que permitirão a empresa competir diretamente com a Gol e a Tam nos aeroportos mais movimentados do país como Congonhas, Guarulhos, Santos Dumont, Galeão e Brasília. A transferência de aeronaves para a Tap, permitirá a Azul reduzir a oferta no mercado nacional e "se livrar" de dois A330 que não serão usados devido a redução da malha internacional. 

Avianca: A Avianca vem diminuindo o ritmo de crescimento, mas continua crescendo bem mais do que suas principais concorrentes. Em 2015 a companhia aumentou em quase 1 ponto percentual a sua participação no mercado nacional, aumentando a oferta e a taxa de ocupação média das aeronaves. Nesse ano a companhia finalmente aposentou os Fokker F-100, substituídos pelos Airbus A320, padronizando a frota apenas com aeronaves Airbus. No mercado internacional a companhia ainda tem uma participação insignificante e os planos de lançar voos de longa distância com aeronaves A330 estão congelados. Porém a companhia ampliou bastante o número de acordos com companhias aéreas estrangeiras, principalmente da Star Alliance, aliança a qual faz parte.

Passaredo: A Passaredo foi a companhia aérea brasileira que mais cresceu em 2015, se beneficiando do acordo de code-share com a Tam, que aumentou a demanda e a ocupação média das aeronaves. O ano de 2015 quebrou um jejum de três anos sem novas aeronaves, nesse ano a Passaredo recebeu quatro ATR-72-500 antes operados pela Trip.

Companhias estrangeiras: O mercado entre o Brasil e os EUA foi o mais afetado pela crise econômica brasileira. Depois de anos de crescimento forte, pela primeira vez em muitos anos as companhias aéreas reduziram a oferta de voos. Todas as companhias americanas apresentaram redução da oferta e da demanda, porém a American Airlines manteve a liderança e conseguiu manter o mesmo nível de ocupação das aeronaves, já a Delta e a United viram a ocupação média cair em 2015. Porém as duas trouxeram novidades em 2015, enquanto a United trouxe o Boeing 787-8, a Delta trouxe o Airbus A330-300 para o Brasil. O mercado entre o Brasil e a Europa também foi afetado, mas as companhias reagiram de formas diferentes. A Air France-KLM ultrapassou a Tap e se tornou a líder do mercado, devido a redução forte da Tap e o aumento da oferta por parte da KLM. O ano de 2016 promete novidades para esse mercado. A Tap deverá aumentar o número de voos para o Brasil, a KLM irá trazer o Boeing 787-9 e a Swiss o Boeing 777-300ER.

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