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quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Noticias rápidas - Novembro/2019
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aviacaocomercial.net
Gol com aeronaves temporárias
Com o Boeing 737 MAX sendo investigado a fundo pelas autoridades, sobrou até para a versão anterior Boeing 737NG. A pedido da FAA todos os B737NG devem ser inspecionados por suspeitas de rachaduras. Com isso 11 aeronaves da Gol tiveram que ser retirados de operação para manutenção, fora todos os B737 MAX que já estavam fora de operação. Para suprir a demanda, a Gol irá incorporar treze Boeing 737-800 em regime wetleasing (aluguel temporário) da companhia aérea Transavia. Além desses, a Gol também deverá incorporar de forma temporária dois Boeing 767-300 e mais alguns Boeing 737-800 de companhias como EuroAtlantic e Jet Airways.
Passaredo amplia frota
Após cerca de 2 anos com a mesma frota de apenas cinco ATR-72-500, a Passaredo incorporou dois ATR-72-600. As aeronaves chegam no momento que a companhia começou a operar no aeroporto de Congonhas.
Sky expande no Peru
Após alcançar 23% do mercado doméstico no Chile, a Sky iniciou voos domésticos no Peru, aproveitando o recuo da Avianca, que caiu de 10%, em 2018, para 5% do mercado doméstico (até agosto de 2019).
IAG compra Air Europa
A IAG, dona da British Airways e Iberia, anunciou a compra da Air Europa por 1 bilhão de euros. A compra ainda depende da aprovação de órgãos reguladores. A compra, se concretizada, reforçará a presença do grupo na América Latina.
Latam renova o serviço de bordo
Após suspender o Mercado Latam (venda de comidas e bebidas a bordo), a Latam voltou a oferecer lanches quentes, como pão de queijo e pão de batata, em voos selecionados. Porém a maioria dos voos ainda permanece apenas com o serviço de cortesia de biscoitos Bauducco e bebidas.
Air France-KLM ficam com a Gol
Após o anuncio da parceria entre a Latam e a Delta, a Air France-KLM anunciou que prorrogou a parceria com a Gol por mais 5 anos.
Airbus A220 entra na lista
Seguindo a tradição das novas aeronaves, o A220 vêm apresentando problemas nos motores. A Swiss chegou a anunciar a suspensão de todos os voos com o A220, mas voltou atrás. Além do A220, o A320neo, Boeing 737 MAX, Boeing 787 e Boeing 777 X também já apresentaram problemas nos motores.
Delta aposta na classe econômica
Sempre esquecida nas novidades, a Delta foi na contra mão do mercado e anunciou melhorias na classe econômica para voos internacionais, tais como coquetéis de boas-vindas, toalhas quentes e refeições em estilo bistrô.
Tap expande com A321LR
Como previsto, o A321LR abriu caminho para a inauguração de rotas que antes era inviáveis. Com custo mais baixo de operação e menos assentos do que um wide-body, o A321LR é ideal para rotas com pouca demanda. A Tap anunciou novas rotas para Maceió e Montreal com o A321LR, além de aumentar a frequência dos voos para Natal e Belém, que passarão a receber a aeronave em substituição ao A330.
Azul com A321neo
A Azul recebeu o seu primeiro A321neo, se tornando a primeira companhia aérea brasileira a operar esse modelo. A aeronave está configurada com 214 assentos e motores Leap 1A CFM. O primeiro voo deverá ser entre Campinas e Recife, no começo de 2020.
Com o Boeing 737 MAX sendo investigado a fundo pelas autoridades, sobrou até para a versão anterior Boeing 737NG. A pedido da FAA todos os B737NG devem ser inspecionados por suspeitas de rachaduras. Com isso 11 aeronaves da Gol tiveram que ser retirados de operação para manutenção, fora todos os B737 MAX que já estavam fora de operação. Para suprir a demanda, a Gol irá incorporar treze Boeing 737-800 em regime wetleasing (aluguel temporário) da companhia aérea Transavia. Além desses, a Gol também deverá incorporar de forma temporária dois Boeing 767-300 e mais alguns Boeing 737-800 de companhias como EuroAtlantic e Jet Airways.
Passaredo amplia frota
Após cerca de 2 anos com a mesma frota de apenas cinco ATR-72-500, a Passaredo incorporou dois ATR-72-600. As aeronaves chegam no momento que a companhia começou a operar no aeroporto de Congonhas.
Sky expande no Peru
Após alcançar 23% do mercado doméstico no Chile, a Sky iniciou voos domésticos no Peru, aproveitando o recuo da Avianca, que caiu de 10%, em 2018, para 5% do mercado doméstico (até agosto de 2019).
IAG compra Air Europa
A IAG, dona da British Airways e Iberia, anunciou a compra da Air Europa por 1 bilhão de euros. A compra ainda depende da aprovação de órgãos reguladores. A compra, se concretizada, reforçará a presença do grupo na América Latina.
Latam renova o serviço de bordo
Após suspender o Mercado Latam (venda de comidas e bebidas a bordo), a Latam voltou a oferecer lanches quentes, como pão de queijo e pão de batata, em voos selecionados. Porém a maioria dos voos ainda permanece apenas com o serviço de cortesia de biscoitos Bauducco e bebidas.
Air France-KLM ficam com a Gol
Após o anuncio da parceria entre a Latam e a Delta, a Air France-KLM anunciou que prorrogou a parceria com a Gol por mais 5 anos.
Airbus A220 entra na lista
Seguindo a tradição das novas aeronaves, o A220 vêm apresentando problemas nos motores. A Swiss chegou a anunciar a suspensão de todos os voos com o A220, mas voltou atrás. Além do A220, o A320neo, Boeing 737 MAX, Boeing 787 e Boeing 777 X também já apresentaram problemas nos motores.
Delta aposta na classe econômica
Sempre esquecida nas novidades, a Delta foi na contra mão do mercado e anunciou melhorias na classe econômica para voos internacionais, tais como coquetéis de boas-vindas, toalhas quentes e refeições em estilo bistrô.
Tap expande com A321LR
Como previsto, o A321LR abriu caminho para a inauguração de rotas que antes era inviáveis. Com custo mais baixo de operação e menos assentos do que um wide-body, o A321LR é ideal para rotas com pouca demanda. A Tap anunciou novas rotas para Maceió e Montreal com o A321LR, além de aumentar a frequência dos voos para Natal e Belém, que passarão a receber a aeronave em substituição ao A330.
Azul com A321neo
A Azul recebeu o seu primeiro A321neo, se tornando a primeira companhia aérea brasileira a operar esse modelo. A aeronave está configurada com 214 assentos e motores Leap 1A CFM. O primeiro voo deverá ser entre Campinas e Recife, no começo de 2020.
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
Delta anuncia compra de 20% da Latam
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aviacaocomercial.net
A Delta anunciou hoje a compra de 20% da Latam por US$ 1,9 bilhão. A Delta também se comprometeu a investir US$ 350 milhões para apoiar o estabelecimento da parceria estratégica. A Delta vai adquirir quatro A350 da Latam e assumir o compromisso de dez A350 adicionais a serem entregues entre 2020 e 2025.
Joint Venture
A parceria entre a Delta e a Latam surgiu depois que a Latam não conseguiu fazer o seu acordo de Joint Business Agreement com a American Airlines e a British Airways/Iberia, pois a Suprema Corte do Chile rejeitou a proposta. O que a Latam estava tentando fazer é algo que já é feito na Europa e Estados Unidos, onde duas ou mais companhias aéreas dividem os custos e receitas na(s) rota(s) entre dois países, dessa forma é possível ser ainda mais competitivo. Se por um lado as companhias aéreas podem oferecer passagens ainda mais baratas, os órgãos reguladores se preocupam com a eliminação da concorrência, concentração de mercado e monopólio.
Consequência
A Latam deverá abandonar a parceria que tem com a American Airlines, enquanto a Delta deverá abandonar sua parceria com a Gol.
Atualmente a Latam é parte da aliança OneWorld da qual faz parte a American Airlines, British Airways/Iberia. Já a Gol tem investimentos de companhias aéreas da aliança SkyTeam, Delta e Air France/KLM. A nova parceria entre a Delta e a Latam pode mudar o mapa das alianças no Brasil.
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
Azul recebe primeiro E195-E2
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aviacaocomercial.net
Ontem a Azul foi a primeira companhia aérea do mundo a receber o Embraer E195-E2, a maior aeronave já fabricada pela Embraer, capaz de transportar até 146 passageiros. O E195-E2 é uma versão mais longa e melhorada do E-195. Segundo a fabricante, a nova geração é 25% mais econômica, menor custo de manutenção e é mais silencioso.
Na Azul, o E195-E2 está configurado com 136 assentos. Entre as novidades estão bagageiros maiores, nova iluminação, telas maiores e melhor definição de imagem e entrada USB. A Azul também anunciou que em breve irá implementar WiFi a bordo.
Depois de dominar mais de 50% do mercado de aeronaves de 70 até 100 assentos, a nova geração da Família E-Jets está enfrentando uma concorrência muito mais difícil depois que a Airbus assumiu o controle do rival C-Series.
Na Azul, o E195-E2 está configurado com 136 assentos. Entre as novidades estão bagageiros maiores, nova iluminação, telas maiores e melhor definição de imagem e entrada USB. A Azul também anunciou que em breve irá implementar WiFi a bordo.
Depois de dominar mais de 50% do mercado de aeronaves de 70 até 100 assentos, a nova geração da Família E-Jets está enfrentando uma concorrência muito mais difícil depois que a Airbus assumiu o controle do rival C-Series.
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
Notícias rápidas - agosto/2019
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aviacaocomercial.net
Passaredo anuncia a compra da Map
A regional Passaredo anunciou a compra da Map, companhia regional que opera no norte do país. As duas receberam recentemente slots no aeroporto de Congonhas. Segundo a Passaredo, a intenção é manter todas as operações da Map. As duas companhias têm uma frota de 13 aeronaves, atendendo 28 destinos no Brasil. Ainda segundo a empresa, novas aeronaves deverão ser incorporadas e estão sendo analisadas aeronaves maiores do que os atuais ATR.
Avianca em perigo
Após a Avianca Brasil e a Avianca Argentina, a Avianca Holdings (Colômbia) está apresentando dificuldades financeiras crescentes. A empresa registrou prejuízo de US$ 408 milhões no segundo trimestre deste ano e está cortando rotas e devolvendo aeronaves.
Azul na Ponte Aérea
A Azul finalmente entrou na ponte aérea, com 34 voos diários entre Congonhas e Santos Dumont. Os serão operados por aeronaves A320neo. Durante as obras no Santos Dumont, a rota será operada pelos E-Jets.
Air Europa em Fortaleza
A companhia aérea espanhola anunciou voos entre Madri e Fortaleza, duas vezes por semana, com o A330-200. A Air Europa fez um joint-venture com a Air France-KLM, que por sua vez são parceiras da Gol.
American vai de Premium Economy
A American Airlines anunciou a implementação da Premium Economy em todos seus wide-bodies. A classe entre a Econômica e a Executiva é conhecida por ser a mais lucrativa para as companhias aéreas.
Montreal - São Paulo
A Air Canada anunciou a rota Montreal - São Paulo, a partir de dezembro, operada três vezes por semana com o Boeing 787-9.
Fim do reinado do A380
Depois da Singapore e da Emirates anunciarem o inicio da retirada do A380 de suas frotas, a Air France anunciou que irá retirar de operação todos os seus A380 até 2022. A Lufthansa também anunciou a retirada de seis A380 até 2023. Outros quadrimotores na mira da Lufthansa são o Boeing 747 e A340-600, todos deverão ser retirados da frota até 2025.
Novo queridinho
Desde que foi comprado pela Airbus, o antigo C-Series e agora A220 está bombando. Antes da compra pela Airbus, as encomendas estavam estagnadas em pouco mais de 350 unidades. Em menos de três anos o número de encomendas alcançou mais de 500, com clientes importantes como Delta, Air Canda, JetBlue, Moxy e Air France.
Smiles
O programa de fidelidade da Gol ampliou o número de parceiros ao incluir South African Airways, Air Europa e Taag.
Nova cabine
Em julho a Latam inaugurou no Brasil a sua nova cabine da Premium Business, Economy Premium e Econômica, na rota São Paulo - Madri, operada pelo Boeing 777-300ER.
A regional Passaredo anunciou a compra da Map, companhia regional que opera no norte do país. As duas receberam recentemente slots no aeroporto de Congonhas. Segundo a Passaredo, a intenção é manter todas as operações da Map. As duas companhias têm uma frota de 13 aeronaves, atendendo 28 destinos no Brasil. Ainda segundo a empresa, novas aeronaves deverão ser incorporadas e estão sendo analisadas aeronaves maiores do que os atuais ATR.
Avianca em perigo
Após a Avianca Brasil e a Avianca Argentina, a Avianca Holdings (Colômbia) está apresentando dificuldades financeiras crescentes. A empresa registrou prejuízo de US$ 408 milhões no segundo trimestre deste ano e está cortando rotas e devolvendo aeronaves.
Azul na Ponte Aérea
A Azul finalmente entrou na ponte aérea, com 34 voos diários entre Congonhas e Santos Dumont. Os serão operados por aeronaves A320neo. Durante as obras no Santos Dumont, a rota será operada pelos E-Jets.
Air Europa em Fortaleza
A companhia aérea espanhola anunciou voos entre Madri e Fortaleza, duas vezes por semana, com o A330-200. A Air Europa fez um joint-venture com a Air France-KLM, que por sua vez são parceiras da Gol.
American vai de Premium Economy
A American Airlines anunciou a implementação da Premium Economy em todos seus wide-bodies. A classe entre a Econômica e a Executiva é conhecida por ser a mais lucrativa para as companhias aéreas.
Montreal - São Paulo
A Air Canada anunciou a rota Montreal - São Paulo, a partir de dezembro, operada três vezes por semana com o Boeing 787-9.
Fim do reinado do A380
Depois da Singapore e da Emirates anunciarem o inicio da retirada do A380 de suas frotas, a Air France anunciou que irá retirar de operação todos os seus A380 até 2022. A Lufthansa também anunciou a retirada de seis A380 até 2023. Outros quadrimotores na mira da Lufthansa são o Boeing 747 e A340-600, todos deverão ser retirados da frota até 2025.
Novo queridinho
Desde que foi comprado pela Airbus, o antigo C-Series e agora A220 está bombando. Antes da compra pela Airbus, as encomendas estavam estagnadas em pouco mais de 350 unidades. Em menos de três anos o número de encomendas alcançou mais de 500, com clientes importantes como Delta, Air Canda, JetBlue, Moxy e Air France.
Smiles
O programa de fidelidade da Gol ampliou o número de parceiros ao incluir South African Airways, Air Europa e Taag.
Nova cabine
Em julho a Latam inaugurou no Brasil a sua nova cabine da Premium Business, Economy Premium e Econômica, na rota São Paulo - Madri, operada pelo Boeing 777-300ER.
sábado, 3 de agosto de 2019
Ponte Aérea RJ-SP completa 60 anos
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aviacaocomercial.net
A Ponte Aérea RJ-SP completaria 60 anos em julho de 2019. Completaria porque ela acabou em 1999, no entanto os voos entre Rio de Janeiro (Santos Dumont) e São Paulo (Congonhas) são chamados de Ponte Aérea até hoje. A Ponte Aérea foi criada em julho de 1959 pelas companhias aéreas Varig, Vasp e Cruzeiro para enfrentar a líder do mercado doméstico até então, a Real. Nessa época a Real era de longe a companhia aérea com o maior número de voos dentro do Brasil, com uma impressionante frota de mais de cem! aeronaves. A rota entre Rio de Janeiro e São Paulo já era a mais movimentada do Brasil e até hoje é uma das mais movimentadas do mundo.
Varig, Vasp e Cruzeiro tinham também vários voos, porém muitos deles eram no mesmo horário e a competição fazia com que as aeronaves decolarem vazias. A grande ideia foi as três companhias aéreas se juntarem para oferecer voos a cada 30 minutos entre as duas cidades. Para o passageiro não importava em qual companhia aérea ele tinha comprado o bilhete, ele poderia voar em qualquer voo, de qualquer companhia aérea, em qualquer horário. Esse sistema, até então inédito, foi batizado de Ponte Aérea, inspirado nos voos para abastecer Berlim após a Segunda Guerra Mundial. O modelo deu tão certo que foi copiado em outras partes do mundo, como nos EUA e na Ásia.
Como tudo começou?
No dia 5 de agosto de 1936, muito antes da Ponte Aérea, a Vasp inaugurou a rota São Paulo – Rio de Janeiro. Dois Junkers JU-52/3 decolaram simultaneamente do aeroporto Santos Dumont e de Congonhas. O Junkers JU-52/3 era a maior aeronave em operação no Brasil naquela época. Transportava 17 passageiros e voava numa velocidade de 250 km/h. O voo durava cerca de uma hora e quarenta minutos, bem mais rápido do que as 15 horas de trem ou até dois dias de carro na precária estrada de terra que ligava as duas maiores cidades do Brasil. O voo era oferecido inicialmente seis vezes por semana. Em 1939 a Vasp já oferecia três voos por dia entre Rio e São Paulo. Em 1940 a Panair do Brasil entrou na rota, operando diariamente com aeronaves Lockheed Electra 10E, com capacidade para dez passageiros. Tudo mudou após a Segunda Guerra Mundial, quando várias companhias aéreas começaram a operar entre Rio de Janeiro e São Paulo. Porém, dentre todas, a Real se destacava oferecendo nada menos que 15 voos diários em cada sentido.
Surge a Ponte Aérea
No dia 6 de julho de 1959, um Convair 240 da Varig decolou de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro, inaugurando a Ponte Aérea. As três companhias aéreas (Varig, Vasp e Cruzeiro) passaram a oferecer voos a cada 30 minutos e lançaram uma campanha publicitária. A Real reagiu lançando a “Super Ponte Real” com voos a cada 15 minutos entre as duas cidades. Porém o serviço durou apenas alguns meses. Em 1961 a Varig comprou a Real e a Ponte Aérea passou a dominar a rota entre Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1964 a Panair e a Sadia entraram no pool da Ponte Aérea, porém a Panair foi obrigada a fechar as portas em 1965. Com o fim da Panair, a Varig ficou com 52% dos voos entre RJ e SP, a Vasp 22%, a Cruzeiro 19% e a Sadia 7%. Também foram inaugurados voos econômicos, com 30% de desconto, operado com os Curtiss Super C-46 da Varig e Douglas DC-4 da Vasp, mas esse serviço durou pouco tempo.
O serviço de bordo inicial era apenas água e café. Mas ao longo do tempo as companhias aéreas passaram a distribuir sanduíches e pequenos lanches.
1º Geração de Aeronaves da Ponte Aérea:
Renovação da frota
A primeira a renovar a frota na Ponte Aérea foi a Vasp, que introduziu em 1963 o Viscount 700. A Cruzeiro introduziu os NAMC YS-11 em julho de 1967. Em 1968 a Varig estreou o Hawker Siddeley HS-748, mais conhecidos no Brasil como Avro. Em outubro de 1968 a Vasp também iniciou as operações com o NAMC YS-11 na Ponte Aérea, conhecidos no Brasil como "Samurai" devido à origem Japonesa. Por fim, em 1970, o pool incorporou quatro Fairchild Hiller FH-227 pertencentes a massa falida da Paraense. Essas aeronaves foram operadas pela Varig.
2º Geração de Aeronaves da Ponte Aérea:
A era do Electra
O Lockheed L-188 Electra II foi utilizado na Ponte Aérea pela primeira vez em 1962, em três ligações diárias em cada sentido. Eles eram as maiores e mais velozes aeronaves em operação na rota. Em 1973 dois acidentes fatais envolvendo os Samurai da Vasp atraíram as atenções da opinião pública e das autoridades. O DAC então decretou que a partir de 1º de março de 1975 todos os operadores da Ponte Aérea seriam obrigados a operar somente aeronaves turboélice e quadrimotores. Isso significou que apenas os Viscount da Vasp e os Electra II da Varig poderiam operar a rota. A Sadia e Cruzeiro passaram então a arrendar os Electra II da Varig, que continuaram a ser operados pela Varig. Em novembro de 1975 a Vasp desativou o seu último Viscount e a Ponte Aérea passou a ser exclusivamente servida pelos Electra II. Nesse mesmo ano a Varig comprou a Cruzeiro e a Ponte Aérea chegou a 1 milhão de passageiros transportados anualmente. A partir daí a Varig passou a dominar 71% da rota, além de operar todos os voos. A Vasp e a Transbrasil (ex-Sadia) exigiram que a marca Varig fosse retirada dos Electra II, uma vez que a aeronave servia ao pool da Ponte Aérea e não apenas à Varig. Quatro Electra II passaram a voar com uma pintura neutra, sem o nome Varig, sem o Icaro e sem a rosa dos ventos. Na década de 80 a frota de Electra II operando na Ponte Aérea chegou ao auge, com nada mesmo que 14 aeronaves, operando 66 voos diários.
Nessa época, a Era de Ouro da aviação, o serviço de bordo no Electra II era caprichado. O serviço variava dependendo do horário: café da manhã, lanche, almoço, chá da tarde, happy hour e jantar. Bebidas alcoólicas como campari, gim, uísque, vinho e cerveja eram liberados. Além disso, fumar à bordo era normal.
Fim do monopólio da Ponte Aérea
Em setembro de 1989 uma pequena empresa regional chamada Tam, começou a realizar voos entre Congonhas e Santos Dumont com duas aeronaves Fokker F-27, operando 12 voos diários. A Tam batizou a rota de “Super Ponte Tam”. Para competir com a Ponte Aérea, a Tam apostou em mimos para os passageiros como tapete vermelho na porta do avião, uísque, vinhos e tábua de queijos. Como resposta a Varig colocou sua subsidiária, Rio Sul, para operar voos entre Santos Dumont e Congonhas com aeronaves Embraer EMB-120. No final dos anos 80 a pressão para a substituição dos Electra II ficou cada vez mais forte. Vasp e Transbrasil queriam acabar com o monopólio da Varig e operar aeronaves próprias. A Boeing estava interessada em vender o seu novo Boeing 737-300, que ela dizia ser a “aeronave certa para a Ponte Aérea”. Já a Varig tentava adiar ao máximo a substituição do Electra. Depois de muita discussão, no dia 11 de novembro de 1991 um Boeing 737-300 da Varig realizou o primeiro voo a jato na Ponte Aérea, dando inicio ao fim da era dos Electra II. Com a introdução do Boeing 737, o tempo de voo diminuiu em 10 minutos e as companhias aéreas aumentaram a oferta de assentos em 70%. O Electra II fez o último voo na Ponte Aérea em fevereiro de 1992. Os 14 Electra II foram substituídos por seis Boeing 737-300, sendo três da Varig, dois da Vasp e um da Transbrasil. A divisão na rota passou a ser 50% para a Varig, 30% para a Vasp e 20% para a Transbrasil.
O fim
Em 1990 a Tam introduziu o Fokker F-100 na “Super Ponte Tam”. Os Fokker F-100 da Tam começaram a incomodar cada vez mais o Grupo Varig. Os anos 90 foi marcado pela desregulamentação do setor aéreo Brasileiro, que aumentou a competição e levou as companhias aéreas tradicionais Varig, Vasp e Transbrasil para uma crise financeira.
Em agosto de 1998 o Grupo Varig decidiu sair da Ponte Aérea e criar a sua própria, chamada de “Ponte Varig/Rio Sul”. A Vasp e a Transbrasil operaram por mais algum tempo sozinhas a Ponte Aérea original, mas as crescentes dificuldades financeiras levaram as duas a desfazer de vez o pool. A Ponte Aérea foi oficialmente extinta em 1999. A partir daí cada companhia aérea tinha o seu próprio time table entre Santos Dumont e Congonhas. A Varig/Rio Sul operava com o Boeing 737-300 e Boeing 737-500, a Vasp e a Transbrasil com o Boeing 737-300 e a Tam com o Fokker F-100. Em março de 1999 a Tam introduziu o Airbus A319 na “Super Ponte Tam”. Nessa época os Boeing 737-300 da Varig e os A319 da Tam ofereciam Classe Executiva na rota entre Rio e São Paulo. O A319 da Tam foi a primeira aeronave nessa rota a oferecer telas de entretenimento a cada três fileiras de poltrona. A Varig respondeu trazendo o Boeing 737-700 para a rota entre RJ e SP, que possuía o mesmo nível tecnológico.
3º Geração de Aeronaves da Ponte Aérea:
Vida pós Ponte Aérea
Mesmo com o fim oficial da Ponte Aérea, os voos entre Santos Dumont e Congonhas continuaram a ser chamados de Ponte Aérea. No inicio dos anos 2000 os voos eram dominados pelo Grupo Varig, seguido da Tam, que aumentava cada vez mais sua presença nessa rota. Já Vasp e Transbrasil foram reduzindo o serviço devido à crise financeira. A Transbrasil deixou de operar em 2001. Em abril de 2002 a Rio Sul introduziu o Embraer ERJ-145 na “Ponte Varig/Rio Sul”, a aeronave ficou mais conhecida como “Jet Class”. Foi também em 2002 que a novata Gol iniciou voos entre Congonhas e Santos Dumont com aeronaves Boeing 737-700. A entrada da Gol na rota forçou os preço para baixo. A Varig e a Tam acabaram com a Classe Executiva, aumentando o número de assentos em suas aeronaves. A Gol e a Tam aproveitaram a fragilidade da Varig e Vasp para ir ganhando cada vez mais participação na rota mais movimentada do país. A rota entre Santos Dumont e Congonhas transportou 3,4 milhões de passageiros em 2000 e chegou a 4,1 milhões em 2017. A participação da Varig na rota caiu de 53% em 2000 para 29% em 2005. A Vasp deixou de operar de vez em 2005, enquanto a Varig paralisou em junho de 2006. Quando a Gol comprou a nova Varig, em 2007, a companhia adquiriu vários slots em Congonhas e Santos Dumont e conseguiu uma participação de 50% na rota entre Rio e SP. A Tam vinha logo atrás com 43%. As duas igualaram a participação em 2009, quando abas obtiveram 44% dos total de passageiros transportados entre Santos Dumont e Congonhas.
Em 2007 a Gol operou pela primeira vez o Boeing 737-800 entre Congonhas e Santos Dumont. O 737-800 pode levar mais passageiros que o 737-700, porém é mais pesado e precisa de uma pista mais longa para decolar e pousar. O aeroporto Santos Dumont tem a pista mais curta do país e para operar uma aeronave desse porte, a Gol, juntamente com a Boeing, desenvolveu um pacote de melhorias na aeronave para torná-la apta a operar no aeroporto. Essa versão ficou conhecida como Boeing 737-800SFP (Short Field Performance).
Em 2008 a novata Oceanair passou a operar entre Santos Dumont e Congonhas com aeronaves Fokker F-100, apelidando a rota de "Hiper Ponte". Em abril de 2010 a Oceanair passou a se chamar Avianca e iniciou a substituição do F-100 pelo A319 na rota entre RJ e SP. O A319 da Avianca passou a ser a aeronave mais confortável operando na rota, com apenas 132 assentos contra 144 assentos na Tam (também A319) e na Gol (Boeing 737-700). Em 2011 a Avianca conseguiu abocanhar 14% dos passageiros nessa rota, porém ainda muito longe da Tam e da Gol.
Em maio de 2019 a Avianca deixou de operar e abriu espaço para a Azul, criada em 2008, que nunca operou efetivamente entre Santos Dumont e Congonhas. A Latam (ex-Tam) e Gol, por enquanto as únicas que operam a rota, deverão ganhar novos competidores em breve. Os Boeing 737-700/800 e A319 ainda são usados na rota, no entanto devem ser substituídos pela nova geração de aeronaves Boeing 737MAX e A320neo em breve.
Varig, Vasp e Cruzeiro tinham também vários voos, porém muitos deles eram no mesmo horário e a competição fazia com que as aeronaves decolarem vazias. A grande ideia foi as três companhias aéreas se juntarem para oferecer voos a cada 30 minutos entre as duas cidades. Para o passageiro não importava em qual companhia aérea ele tinha comprado o bilhete, ele poderia voar em qualquer voo, de qualquer companhia aérea, em qualquer horário. Esse sistema, até então inédito, foi batizado de Ponte Aérea, inspirado nos voos para abastecer Berlim após a Segunda Guerra Mundial. O modelo deu tão certo que foi copiado em outras partes do mundo, como nos EUA e na Ásia.
Como tudo começou?
No dia 5 de agosto de 1936, muito antes da Ponte Aérea, a Vasp inaugurou a rota São Paulo – Rio de Janeiro. Dois Junkers JU-52/3 decolaram simultaneamente do aeroporto Santos Dumont e de Congonhas. O Junkers JU-52/3 era a maior aeronave em operação no Brasil naquela época. Transportava 17 passageiros e voava numa velocidade de 250 km/h. O voo durava cerca de uma hora e quarenta minutos, bem mais rápido do que as 15 horas de trem ou até dois dias de carro na precária estrada de terra que ligava as duas maiores cidades do Brasil. O voo era oferecido inicialmente seis vezes por semana. Em 1939 a Vasp já oferecia três voos por dia entre Rio e São Paulo. Em 1940 a Panair do Brasil entrou na rota, operando diariamente com aeronaves Lockheed Electra 10E, com capacidade para dez passageiros. Tudo mudou após a Segunda Guerra Mundial, quando várias companhias aéreas começaram a operar entre Rio de Janeiro e São Paulo. Porém, dentre todas, a Real se destacava oferecendo nada menos que 15 voos diários em cada sentido.
Surge a Ponte Aérea
No dia 6 de julho de 1959, um Convair 240 da Varig decolou de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro, inaugurando a Ponte Aérea. As três companhias aéreas (Varig, Vasp e Cruzeiro) passaram a oferecer voos a cada 30 minutos e lançaram uma campanha publicitária. A Real reagiu lançando a “Super Ponte Real” com voos a cada 15 minutos entre as duas cidades. Porém o serviço durou apenas alguns meses. Em 1961 a Varig comprou a Real e a Ponte Aérea passou a dominar a rota entre Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1964 a Panair e a Sadia entraram no pool da Ponte Aérea, porém a Panair foi obrigada a fechar as portas em 1965. Com o fim da Panair, a Varig ficou com 52% dos voos entre RJ e SP, a Vasp 22%, a Cruzeiro 19% e a Sadia 7%. Também foram inaugurados voos econômicos, com 30% de desconto, operado com os Curtiss Super C-46 da Varig e Douglas DC-4 da Vasp, mas esse serviço durou pouco tempo.
O serviço de bordo inicial era apenas água e café. Mas ao longo do tempo as companhias aéreas passaram a distribuir sanduíches e pequenos lanches.
1º Geração de Aeronaves da Ponte Aérea:
- Convair 240
Companhia: Varig
Passageiros: 40
Velocidade: 450 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1959-1969
Curiosidade: O Convair 240 era uma das aeronave mais velozes da sua época.
- Saab 90 Scandia
Companhia: Vasp
Passageiros: 36
Velocidade: 400 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1959-1967
Curiosidade: A Vasp operou todos os Saab 90 fabricados no mundo.
- Convair 240 / Convair 340
Companhia: Cruzeiro
Passageiros: 40 ou 44
Velocidade: 450 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1959-1967
Curiosidade: O Convair 340 é uma versão alongada e melhorada do Convair 240.
- Lockheed L-049 Constellation
Companhia: Panair do Brasil
Passageiros: 43
Velocidade: 500 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1964-1965
Curiosidade: O Constellation realizou o primeiro voo entre o Brasil e a Europa operado por uma empresa brasileira.
- Handley-Page Dart Herald
Companhia: Sadia
Passageiros: 56
Velocidade: 430 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1964-1975
Curiosidade: O Dart Herald foi escolhido pela Sadia para substituir o DC-3.
Renovação da frota
A primeira a renovar a frota na Ponte Aérea foi a Vasp, que introduziu em 1963 o Viscount 700. A Cruzeiro introduziu os NAMC YS-11 em julho de 1967. Em 1968 a Varig estreou o Hawker Siddeley HS-748, mais conhecidos no Brasil como Avro. Em outubro de 1968 a Vasp também iniciou as operações com o NAMC YS-11 na Ponte Aérea, conhecidos no Brasil como "Samurai" devido à origem Japonesa. Por fim, em 1970, o pool incorporou quatro Fairchild Hiller FH-227 pertencentes a massa falida da Paraense. Essas aeronaves foram operadas pela Varig.
2º Geração de Aeronaves da Ponte Aérea:
- Hawker Siddeley HS-748
Companhia: Varig
Passageiros: 40
Velocidade: 450 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1968-1973
Curiosidade: O HS-748 foi o último turboélice incorporado na frota da Varig.
- Viscount 700/800
Companhia: Vasp
Passageiros: 85
Velocidade: 530 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1962-1975
Curiosidade: Essas aeronaves ficaram conhecidas no Brasil como Vaicão e Vaiquinho.
- NAMC YS-11
Companhia: Cruzeiro e Vasp
Passageiros: 40 ou 44
Velocidade: 470 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1967-1975
Curiosidade: O YS-11 foi a única aeronave de origem japonesa operada comercialmente no Brasil.
- Fairchild Hiller FH-227
Companhia: Varig
Passageiros: 44
Velocidade: 480 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1970-1975
Curiosidade: O FH-227 é uma versão Americana do Fokker F-27 sob licença autorizada pela Fokker.
- Lockheed L-188 Electra II
Companhia: Varig
Passageiros: 90
Velocidade: 650 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1971-1992
Curiosidade: O Electra II é o avião mais famoso da Ponte Aérea, onde operou por 21 anos e transportou mais de 33 milhões de passageiros.
A era do Electra
O Lockheed L-188 Electra II foi utilizado na Ponte Aérea pela primeira vez em 1962, em três ligações diárias em cada sentido. Eles eram as maiores e mais velozes aeronaves em operação na rota. Em 1973 dois acidentes fatais envolvendo os Samurai da Vasp atraíram as atenções da opinião pública e das autoridades. O DAC então decretou que a partir de 1º de março de 1975 todos os operadores da Ponte Aérea seriam obrigados a operar somente aeronaves turboélice e quadrimotores. Isso significou que apenas os Viscount da Vasp e os Electra II da Varig poderiam operar a rota. A Sadia e Cruzeiro passaram então a arrendar os Electra II da Varig, que continuaram a ser operados pela Varig. Em novembro de 1975 a Vasp desativou o seu último Viscount e a Ponte Aérea passou a ser exclusivamente servida pelos Electra II. Nesse mesmo ano a Varig comprou a Cruzeiro e a Ponte Aérea chegou a 1 milhão de passageiros transportados anualmente. A partir daí a Varig passou a dominar 71% da rota, além de operar todos os voos. A Vasp e a Transbrasil (ex-Sadia) exigiram que a marca Varig fosse retirada dos Electra II, uma vez que a aeronave servia ao pool da Ponte Aérea e não apenas à Varig. Quatro Electra II passaram a voar com uma pintura neutra, sem o nome Varig, sem o Icaro e sem a rosa dos ventos. Na década de 80 a frota de Electra II operando na Ponte Aérea chegou ao auge, com nada mesmo que 14 aeronaves, operando 66 voos diários.
Nessa época, a Era de Ouro da aviação, o serviço de bordo no Electra II era caprichado. O serviço variava dependendo do horário: café da manhã, lanche, almoço, chá da tarde, happy hour e jantar. Bebidas alcoólicas como campari, gim, uísque, vinho e cerveja eram liberados. Além disso, fumar à bordo era normal.
Fim do monopólio da Ponte Aérea
Em setembro de 1989 uma pequena empresa regional chamada Tam, começou a realizar voos entre Congonhas e Santos Dumont com duas aeronaves Fokker F-27, operando 12 voos diários. A Tam batizou a rota de “Super Ponte Tam”. Para competir com a Ponte Aérea, a Tam apostou em mimos para os passageiros como tapete vermelho na porta do avião, uísque, vinhos e tábua de queijos. Como resposta a Varig colocou sua subsidiária, Rio Sul, para operar voos entre Santos Dumont e Congonhas com aeronaves Embraer EMB-120. No final dos anos 80 a pressão para a substituição dos Electra II ficou cada vez mais forte. Vasp e Transbrasil queriam acabar com o monopólio da Varig e operar aeronaves próprias. A Boeing estava interessada em vender o seu novo Boeing 737-300, que ela dizia ser a “aeronave certa para a Ponte Aérea”. Já a Varig tentava adiar ao máximo a substituição do Electra. Depois de muita discussão, no dia 11 de novembro de 1991 um Boeing 737-300 da Varig realizou o primeiro voo a jato na Ponte Aérea, dando inicio ao fim da era dos Electra II. Com a introdução do Boeing 737, o tempo de voo diminuiu em 10 minutos e as companhias aéreas aumentaram a oferta de assentos em 70%. O Electra II fez o último voo na Ponte Aérea em fevereiro de 1992. Os 14 Electra II foram substituídos por seis Boeing 737-300, sendo três da Varig, dois da Vasp e um da Transbrasil. A divisão na rota passou a ser 50% para a Varig, 30% para a Vasp e 20% para a Transbrasil.
O fim
Em 1990 a Tam introduziu o Fokker F-100 na “Super Ponte Tam”. Os Fokker F-100 da Tam começaram a incomodar cada vez mais o Grupo Varig. Os anos 90 foi marcado pela desregulamentação do setor aéreo Brasileiro, que aumentou a competição e levou as companhias aéreas tradicionais Varig, Vasp e Transbrasil para uma crise financeira.
Em agosto de 1998 o Grupo Varig decidiu sair da Ponte Aérea e criar a sua própria, chamada de “Ponte Varig/Rio Sul”. A Vasp e a Transbrasil operaram por mais algum tempo sozinhas a Ponte Aérea original, mas as crescentes dificuldades financeiras levaram as duas a desfazer de vez o pool. A Ponte Aérea foi oficialmente extinta em 1999. A partir daí cada companhia aérea tinha o seu próprio time table entre Santos Dumont e Congonhas. A Varig/Rio Sul operava com o Boeing 737-300 e Boeing 737-500, a Vasp e a Transbrasil com o Boeing 737-300 e a Tam com o Fokker F-100. Em março de 1999 a Tam introduziu o Airbus A319 na “Super Ponte Tam”. Nessa época os Boeing 737-300 da Varig e os A319 da Tam ofereciam Classe Executiva na rota entre Rio e São Paulo. O A319 da Tam foi a primeira aeronave nessa rota a oferecer telas de entretenimento a cada três fileiras de poltrona. A Varig respondeu trazendo o Boeing 737-700 para a rota entre RJ e SP, que possuía o mesmo nível tecnológico.
3º Geração de Aeronaves da Ponte Aérea:
- Boeing 737-300
Companhia: Varig, Vasp e Transbrasil
Passageiros: 117 (Varig), 132 (Vasp e Transbrasil)
Velocidade: 850 km/h
Período de operação na Ponte Aérea: 1991-1999
Curiosidade: O Boeing 737-300 foi o jato de curto/médio alcance mais popular no Brasil na década de 90.
Aeronaves fora da Ponte Aérea:
- Varig/Rio Sul: Boeing 737-300 (120, 128 ou 132 passageiros), Boeing 737-500 (108, 110 ou 120 passageiros), Boeing 737-700 (118, 128 ou 132 passageiros), EMB-120 (30 passageiros), ERJ-145 (50 passageiros)
- Gol: Boeing 737-700 (144 passageiros), Boeing 737-800 (177 ou 189 passageiros)
- Oceanair/Avianca: A319 (132 passageiros)
Vida pós Ponte Aérea
Mesmo com o fim oficial da Ponte Aérea, os voos entre Santos Dumont e Congonhas continuaram a ser chamados de Ponte Aérea. No inicio dos anos 2000 os voos eram dominados pelo Grupo Varig, seguido da Tam, que aumentava cada vez mais sua presença nessa rota. Já Vasp e Transbrasil foram reduzindo o serviço devido à crise financeira. A Transbrasil deixou de operar em 2001. Em abril de 2002 a Rio Sul introduziu o Embraer ERJ-145 na “Ponte Varig/Rio Sul”, a aeronave ficou mais conhecida como “Jet Class”. Foi também em 2002 que a novata Gol iniciou voos entre Congonhas e Santos Dumont com aeronaves Boeing 737-700. A entrada da Gol na rota forçou os preço para baixo. A Varig e a Tam acabaram com a Classe Executiva, aumentando o número de assentos em suas aeronaves. A Gol e a Tam aproveitaram a fragilidade da Varig e Vasp para ir ganhando cada vez mais participação na rota mais movimentada do país. A rota entre Santos Dumont e Congonhas transportou 3,4 milhões de passageiros em 2000 e chegou a 4,1 milhões em 2017. A participação da Varig na rota caiu de 53% em 2000 para 29% em 2005. A Vasp deixou de operar de vez em 2005, enquanto a Varig paralisou em junho de 2006. Quando a Gol comprou a nova Varig, em 2007, a companhia adquiriu vários slots em Congonhas e Santos Dumont e conseguiu uma participação de 50% na rota entre Rio e SP. A Tam vinha logo atrás com 43%. As duas igualaram a participação em 2009, quando abas obtiveram 44% dos total de passageiros transportados entre Santos Dumont e Congonhas.
Em 2007 a Gol operou pela primeira vez o Boeing 737-800 entre Congonhas e Santos Dumont. O 737-800 pode levar mais passageiros que o 737-700, porém é mais pesado e precisa de uma pista mais longa para decolar e pousar. O aeroporto Santos Dumont tem a pista mais curta do país e para operar uma aeronave desse porte, a Gol, juntamente com a Boeing, desenvolveu um pacote de melhorias na aeronave para torná-la apta a operar no aeroporto. Essa versão ficou conhecida como Boeing 737-800SFP (Short Field Performance).
Em 2008 a novata Oceanair passou a operar entre Santos Dumont e Congonhas com aeronaves Fokker F-100, apelidando a rota de "Hiper Ponte". Em abril de 2010 a Oceanair passou a se chamar Avianca e iniciou a substituição do F-100 pelo A319 na rota entre RJ e SP. O A319 da Avianca passou a ser a aeronave mais confortável operando na rota, com apenas 132 assentos contra 144 assentos na Tam (também A319) e na Gol (Boeing 737-700). Em 2011 a Avianca conseguiu abocanhar 14% dos passageiros nessa rota, porém ainda muito longe da Tam e da Gol.
Em maio de 2019 a Avianca deixou de operar e abriu espaço para a Azul, criada em 2008, que nunca operou efetivamente entre Santos Dumont e Congonhas. A Latam (ex-Tam) e Gol, por enquanto as únicas que operam a rota, deverão ganhar novos competidores em breve. Os Boeing 737-700/800 e A319 ainda são usados na rota, no entanto devem ser substituídos pela nova geração de aeronaves Boeing 737MAX e A320neo em breve.
terça-feira, 4 de junho de 2019
Bombardier saindo da aviação comercial
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aviacaocomercial.net
Após vender a família de jatos C-Series para a Airbus, a Bombardier concluiu hoje a venda da Família Dash 8 por US$ 300 milhões para o grupo Longview Aircraft Capital. Com a venda a família de turbo-hélice voltará a ser chamada de DHC (De Havilland Canada).
O Dash 8 foi originalmente lançado pela De Havilland Canada em 1983. Ela foi adquirida pela Boeing, em 1986, e depois pela Bombardier, em 1992. Atualmente a versão Dash 8-400 é a única que continua sendo produzida e concorre diretamente como o ATR-72.
Após a venda da Família Dash 8, a Bombardier permanece apenas com a Família CRJ no mercado de aviação comercial.
Atualização: 25/06
A Bombardier anunciou que assinou um acordo com a Mitsubishi para a venda da Família CRJ. A Mitsubishi demonstrou interesse na família de jatos regionais, pois ela está desenvolvendo sua própria família de jatos regionais e que irá concorrer diretamente com a Família CRJ e os E-Jets. Quando a venda for concretizada, a Bombardier sairá de vez do segmento de aviação comercial. passando a focar apenas na aviação executiva.
O Dash 8 foi originalmente lançado pela De Havilland Canada em 1983. Ela foi adquirida pela Boeing, em 1986, e depois pela Bombardier, em 1992. Atualmente a versão Dash 8-400 é a única que continua sendo produzida e concorre diretamente como o ATR-72.
Após a venda da Família Dash 8, a Bombardier permanece apenas com a Família CRJ no mercado de aviação comercial.
Atualização: 25/06
A Bombardier anunciou que assinou um acordo com a Mitsubishi para a venda da Família CRJ. A Mitsubishi demonstrou interesse na família de jatos regionais, pois ela está desenvolvendo sua própria família de jatos regionais e que irá concorrer diretamente com a Família CRJ e os E-Jets. Quando a venda for concretizada, a Bombardier sairá de vez do segmento de aviação comercial. passando a focar apenas na aviação executiva.
segunda-feira, 13 de maio de 2019
Azul recebe seu primeiro A330neo
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aviacaocomercial.net
A Azul recebeu na semana passada o seu primeiro A330-900neo, se tornando a primeira companhia aérea nas Americas a receber o novo modelo da Airbus. O A330neo da Azul serão equipados com 298 passageiros em três classes: executiva, econômica premium e econômica. O A330neo foi escolhido pela Azul como substituto dos atuais A330-200 operados pela companhia em voos de longa distância. Além da Azul, outras companhias que escolheram o A330neo foram a Tap e a Delta.
O A330neo foi desenvolvido pela Airbus para substituir a antiga geração do A330 e fazer frente ao Boeing 787. Porém os novos A330neo venderam menos de 300 unidades desde o seu lançamento, enquanto o Boeing 787 acumula quase mil unidades encomendadas. Além da mudança mais obvia, o novo motor, o A330neo também conta com novas asas, nova cabine e fuselagem mais longa, capaz de acomodar mais passageiros. Uma das vantagens do A330neo é ser mais barato que os A350, porém o seu principal concorrente, Boeing 787, é um modelo totalmente novo que usa materiais compostos para torná-lo mais eficiente.
Alguns analistas dizem que as vendas dos A330neo ainda estão estagnadas porque os A330 ainda são relativamente novos e vão demorar mais alguns anos para que as companhias aéreas pensem em substitui-los. Mesmo assim a versão menor, A330-800neo, corre o risco de ficar na mesma situação do A350-800, que acabou não sendo produzido por não ter encomendas suficientes.
O A330neo foi desenvolvido pela Airbus para substituir a antiga geração do A330 e fazer frente ao Boeing 787. Porém os novos A330neo venderam menos de 300 unidades desde o seu lançamento, enquanto o Boeing 787 acumula quase mil unidades encomendadas. Além da mudança mais obvia, o novo motor, o A330neo também conta com novas asas, nova cabine e fuselagem mais longa, capaz de acomodar mais passageiros. Uma das vantagens do A330neo é ser mais barato que os A350, porém o seu principal concorrente, Boeing 787, é um modelo totalmente novo que usa materiais compostos para torná-lo mais eficiente.
Alguns analistas dizem que as vendas dos A330neo ainda estão estagnadas porque os A330 ainda são relativamente novos e vão demorar mais alguns anos para que as companhias aéreas pensem em substitui-los. Mesmo assim a versão menor, A330-800neo, corre o risco de ficar na mesma situação do A350-800, que acabou não sendo produzido por não ter encomendas suficientes.
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Notícias rápidas - abril e maio/2019
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aviacaocomercial.net
United com nova pintura
A United apresentou a nova pintura de suas aeronaves. Sai o amarelo e entra o azul claro.
Avianca em crise
Desde dezembro do ano passado a Avianca Brasil vive sua maior crise. Em apenas três meses a companhia saiu de uma frota de mais de 50 aeronaves para menos de dez. Atualmente a companhia luta para sobreviver até o leilão de seus ativos. A Avianca Argentina foi de carona na crise da filial brasileira e suspendeu os planos de expansão, mantendo apenas uma frota de dois ATR72. Já a Avianca Colombia cancelou parte da encomenda de aeronaves da Família A320neo, incluindo todos os A319neo.
Munique: sai Latam, entra Lufthansa
Após a Latam anunciar a desistência de iniciar a rota São Paulo - Munique, a Lufthansa anunciou que irá retomar a rota em dezembro. A rota será operada pelo A350-900, com três frequências semanais.
Adeus Roma
A Latam anunciou que irá deixar de operar para Roma a partir de outubro.
Brasília
A Latam anunciou que a partir de outubro irá voar entre Brasília, Santiago, Assunção e Lima.
De volta ao Peru
A Gol anunciou que voltar a voar para Lima a partir de dezembro.
A320 no Santos Dumont
A Latam iniciou voos regulares com o A320 no aeroporto Santos Dumont. Apesar de ser um dos mais movimentados do país, o aeroporto tem a pista mais curta. Para operar com o A320, a Latam teve que instalar o pacote de melhorias LIP. Mesmo assim a aeronave pode levar apenas 144 passageiros, dos 174 que é a sua capacidade máxima. O A320neo oferece o pacote SHARP com o mesmo objetivo. A Gol já opera há algum tempo o Boeing 737-800, concorrente direto do A320, no aeroporto Santos Dumont. Para isso os jatos Boeing são equipados com o pacote SFP.
A United apresentou a nova pintura de suas aeronaves. Sai o amarelo e entra o azul claro.
Avianca em crise
Desde dezembro do ano passado a Avianca Brasil vive sua maior crise. Em apenas três meses a companhia saiu de uma frota de mais de 50 aeronaves para menos de dez. Atualmente a companhia luta para sobreviver até o leilão de seus ativos. A Avianca Argentina foi de carona na crise da filial brasileira e suspendeu os planos de expansão, mantendo apenas uma frota de dois ATR72. Já a Avianca Colombia cancelou parte da encomenda de aeronaves da Família A320neo, incluindo todos os A319neo.
Munique: sai Latam, entra Lufthansa
Após a Latam anunciar a desistência de iniciar a rota São Paulo - Munique, a Lufthansa anunciou que irá retomar a rota em dezembro. A rota será operada pelo A350-900, com três frequências semanais.
Adeus Roma
A Latam anunciou que irá deixar de operar para Roma a partir de outubro.
Brasília
A Latam anunciou que a partir de outubro irá voar entre Brasília, Santiago, Assunção e Lima.
De volta ao Peru
A Gol anunciou que voltar a voar para Lima a partir de dezembro.
A320 no Santos Dumont
A Latam iniciou voos regulares com o A320 no aeroporto Santos Dumont. Apesar de ser um dos mais movimentados do país, o aeroporto tem a pista mais curta. Para operar com o A320, a Latam teve que instalar o pacote de melhorias LIP. Mesmo assim a aeronave pode levar apenas 144 passageiros, dos 174 que é a sua capacidade máxima. O A320neo oferece o pacote SHARP com o mesmo objetivo. A Gol já opera há algum tempo o Boeing 737-800, concorrente direto do A320, no aeroporto Santos Dumont. Para isso os jatos Boeing são equipados com o pacote SFP.
sexta-feira, 29 de março de 2019
Latam apresenta o novo interior das aeronaves
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aviacaocomercial.net
A Latam Airlines apresentou hoje os novos assentos em suas aeronaves. O principal destaque ficou para a Premium Business, porém o Latam+ (equivalente à econômica premium) e Classe Econômica também apresentam novidades. A companhia investirá mais de US$ 400 milhões para atualizar o interior de suas aeronaves, que foram baseadas em consultas com passageiros, especialistas e tripulação. A Latam Peru é a primeira a ter o novo interior e em breve a filial brasileira também irá receber os novos assentos.
Premium Business
A nova cabine premium business será gradualmente introduzida na frota wide-body do grupo e contará com novos assentos Thompson personalizados. Todos os passageiros terão acesso ao corredor. Nos A350, Boeing 767 e 787 os assentos estarão dispostos na configuração 1+2+1, bem mais confortável do que o atual 2+2+2 e também agradando os que viajam sozinhos ou acompanhados. Além de reclinarem 180 graus, os novos assentos terão entretenimento de bordo de última geração, com tela de 18 polegadas, além de amplo espaço para armazenar itens pessoais.
Latam+
Nas aeronaves narrow body, tanto em voos domésticos quanto internacionais, os passageiros terão a possibilidade de voaram nos assentos Latam+, com maior espaço entre as fileiras, maior reclinação e mais serviços. A introdução do assento Latam+ em voos domésticos é uma resposta da Latam ao serviços oferecidos pelas concorrentes como Gol + Conforto e Espaço Azul.
Classe econômica
Os assentos da classe econômica serão remodelados e ganharão entradas USB.
Nos últimos anos, muitas companhias têm adotado a configuração 1+2+1 na classe executiva, que apesar de ter menos assentos por fileira, oferece mais conforto para os passageiros.
Quem usa a configuração 1+2+1 na classe executiva?
Quem usa 2+2+2?
Premium Business
A nova cabine premium business será gradualmente introduzida na frota wide-body do grupo e contará com novos assentos Thompson personalizados. Todos os passageiros terão acesso ao corredor. Nos A350, Boeing 767 e 787 os assentos estarão dispostos na configuração 1+2+1, bem mais confortável do que o atual 2+2+2 e também agradando os que viajam sozinhos ou acompanhados. Além de reclinarem 180 graus, os novos assentos terão entretenimento de bordo de última geração, com tela de 18 polegadas, além de amplo espaço para armazenar itens pessoais.
Latam+
Nas aeronaves narrow body, tanto em voos domésticos quanto internacionais, os passageiros terão a possibilidade de voaram nos assentos Latam+, com maior espaço entre as fileiras, maior reclinação e mais serviços. A introdução do assento Latam+ em voos domésticos é uma resposta da Latam ao serviços oferecidos pelas concorrentes como Gol + Conforto e Espaço Azul.
Classe econômica
Os assentos da classe econômica serão remodelados e ganharão entradas USB.
Nos últimos anos, muitas companhias têm adotado a configuração 1+2+1 na classe executiva, que apesar de ter menos assentos por fileira, oferece mais conforto para os passageiros.
Quem usa a configuração 1+2+1 na classe executiva?
- Aeromexico (Boeing 787-9)
- Air Canada
- Air France (em alguns Boeing 777 e Boeing 787)
- Alitalia
- American Airlines
- Avianca (Boeing 787)
- Azul
- Delta
- Emirates (em alguns A380)
- Iberia
- Japan Airlines (em alguns B777 e alguns B787)
- KLM (Boeing 787)
- Qantas (alguns A330 e B787)
- Swiss
- Tap (alguns A330)
Quem usa 2+2+2?
- Aerolineas Argentinas
- Aeromexico (no Boeing 787-8)
- Air France
- Avianca (A330)
- British Airways
- Emirates
- Japan Airlines
- KLM
- Lufthansa
- Qantas
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Participação no Mercado em 2018
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aviacaocomercial.net
Em 2018 o mercado doméstico manteve o crescimento observado no ano passado, crescendo 4% em relação a 2017. Já o mercado internacional mostrou uma aceleração maior em 2018, crescendo 10% em relação ao ano passado. Nos voos internacionais o volume de passageiros (RPK) transportados entre Brasil e América do Norte cresceu 10%, entre o Brasil e a Europa 13%, porém entre o Brasil e a América Latina diminuiu 5%.
Latam Brasil: Ao contrário do ano passado, a Latam apresou aumento no volume de passageiros transportados no mercado doméstico, porém foi um crescimento menor que a média do mercado e com isso a companhia perdeu participação, ficando mais distante da líder Gol. Em 2018 a Latam implementou o serviço de internet Wi-Fi à bordo e promete, a partir de 2019, melhorar o Latam+ em voos domésticos e para América do Sul, que são as primeiras fileiras nas aeronaves com maior espaço e serviços diferenciados.
No mercado internacional, a Latam também viu o volume de passageiros crescer menos que a média do mercado, perdendo participação. Ainda assim a companhia é de longe a líder nesse segmento. Em 2018 a Latam transportou 10% mais passageiros entre o Brasil e os EUA (chegando mais próximo da líder American Airlines), 11% entre o Brasil e a Europa (ultrapassando por 0,1 ponto percentual a Tap), 51% entre o Brasil e a África, mas transportou 5% menos passageiros entre o Brasil e a América Latina. Durante o ano de 2018 a Latam expandiu sua malha internacional para Boston, Roma, Lisboa e Tel Aviv. Para 2019 a companhia pretende inaugurar voos para Munique e uma nova cabine Premium Business.
Gol: Em 2018 a Gol diminuiu o ritmo de crescimento, crescendo menos que a média do mercado doméstico e perdendo participação. Entretanto a companhia conseguiu continuar aumentando a ocupação média das aeronaves, que fechou com 1 ponto percentual a mais do que em 2017. Em 2018 a companhia finalmente recebeu as primeiras unidades do Boeing 737 MAX 8 e confirmou a encomenda de unidades da versão maior Boeing 737 MAX 10. A simples substituição da geração Boeing 737NG pelo Boeing 737 MAX irá gerar um aumento na oferta de assentos.
No mercado internacional a Gol voltou a voar para os EUA, mas isso não foi o suficiente para ganhar mercado. A companhia registrou crescimento menor que a média do mercado.
Azul: Em 2018 a Azul desbancou a Avianca e apresentou o maior crescimento no mercado doméstico no volume de passageiros transportados. Porém a companhia não aumentou a sua frota, apenas continuou com a sua estratégia de substituir os E-Jets e ATR pelos A320neo, mais modernos e com capacidade maior de passageiros. Em 2019 a companhia deverá também receber a nova geração EJets E-2 e também confirmou a encomenda de alguns A321neo. A estratégia parece estar dando tão certo que a Azul até acelerou o recebimentos dos A320neo, ampliando ainda mais a oferta de assentos.
Já no mercado internacional, a Azul apresentou crescimento menor do que no ano passado, porém ainda expressivo. Em 2018 a companhia transportou 44% passageiros (RPK) a mais do que no período anterior. Para 2019 a companhia já anunciou o seu novo destino: Porto, em Portugal. Em 2019, Azul também deverá ser uma das primeiras no mundo a receber os novos A330neo.
Avianca Brasil: Depois de anos consecutivos crescendo dois dígitos, a Avianca foi forçada a pisar no freio. Em dezembro de 2018 a companhia enfrentou uma grave crise financeira, o que culminou num pedido de recuperação judicial, corte de rotas e diminuição da frota. Mesmo assim a Avianca foi a companhia que mais aumentou a oferta de assentos em 2018 (ASK), 8,9% em relação a 2017. Porém o aumento da demanda foi menor que o da oferta e a Azul apresentou crescimento no volume de passageiros maior do que o da Avianca em 2018. Apesar dos problemas financeiros, a Avianca fechou 2018 com a melhor ocupação média das aeronaves e crescendo o dobro da média do mercado doméstico.
Já no mercado internacional, a Avianca recebeu em 2018 o quinto A330 e chegou a ter dois voos diários entre São Paulo e Miami. Porém, devido à crise financeira, a companhia já anunciou a suspensão de todos os voos para Miami, Nova York e Santiago em março de 2019.
Companhias estrangeiras: Depois da tímida retomada, em 2017, o mercado internacional brasileiro apresentou crescimento mais forte em 2018. No mercado entre o Brasil e os EUA, as novatas brasileiras Avianca e Azul foram as que mais ganharam mercado, enquanto a líder American Airlines foi a que mais perdeu. Já no mercado entre o Brasil e a Europa, a Latam voltou a liderar por muito pouco. A Alitalia foi a que mais ganhou participação.
Participação no mercado
2018
|
||||
Empresa
|
Bilhões de
passageiros (RPK)
|
Ocupação das
aeronaves
|
Participação no
mercado
|
Crescimento 2018x2017
|
Mercado nacional
|
||||
Gol
|
34,27
|
81%
|
35,72%
|
3%
|
Latam Brasil
|
30,59
|
81%
|
31,89%
|
2%
|
Azul
|
17,85
|
81%
|
18,61%
|
9%
|
Avianca
|
12,82
|
84%
|
13,36%
|
8%
|
Passaredo
|
0,28
|
62%
|
0,29%
|
-20%
|
outras
|
0,12
|
71%
|
0,13%
|
20%
|
Total
|
95,93
|
81%
|
100%
|
4%
|
Mercado
internacional
|
||||
Latam Brasil
|
29,56
|
84%
|
20,94%
|
7%
|
Tap
|
12,39
|
83%
|
8,78%
|
8%
|
Air France/KLM
|
11,10
|
91%
|
7,86%
|
15%
|
American Airlines
|
10,17
|
76%
|
7,21%
|
2%
|
Emirates
|
7,64
|
74%
|
5,41%
|
2%
|
Grupo Lufthansa
|
6,78
|
88%
|
4,81%
|
10%
|
Azul
|
6,30
|
87%
|
4,46%
|
44%
|
United
|
5,84
|
83%
|
4,14%
|
7%
|
Grupo IAG
|
5,77
|
84%
|
4,09%
|
14%
|
Copa
|
5,69
|
82%
|
4,03%
|
1%
|
Alitalia
|
4,64
|
84%
|
3,28%
|
47%
|
Gol
|
4,16
|
74%
|
2,95%
|
4%
|
Latam Airlines
|
3,99
|
84%
|
2,83%
|
38%
|
Avianca Brasil
|
3,14
|
77%
|
2,22%
|
231%
|
outras
|
23,97
|
80%
|
16,98%
|
-12%
|
Total
|
141,14
|
82%
|
100%
|
10%
|
Latam Brasil: Ao contrário do ano passado, a Latam apresou aumento no volume de passageiros transportados no mercado doméstico, porém foi um crescimento menor que a média do mercado e com isso a companhia perdeu participação, ficando mais distante da líder Gol. Em 2018 a Latam implementou o serviço de internet Wi-Fi à bordo e promete, a partir de 2019, melhorar o Latam+ em voos domésticos e para América do Sul, que são as primeiras fileiras nas aeronaves com maior espaço e serviços diferenciados.
No mercado internacional, a Latam também viu o volume de passageiros crescer menos que a média do mercado, perdendo participação. Ainda assim a companhia é de longe a líder nesse segmento. Em 2018 a Latam transportou 10% mais passageiros entre o Brasil e os EUA (chegando mais próximo da líder American Airlines), 11% entre o Brasil e a Europa (ultrapassando por 0,1 ponto percentual a Tap), 51% entre o Brasil e a África, mas transportou 5% menos passageiros entre o Brasil e a América Latina. Durante o ano de 2018 a Latam expandiu sua malha internacional para Boston, Roma, Lisboa e Tel Aviv. Para 2019 a companhia pretende inaugurar voos para Munique e uma nova cabine Premium Business.
Gol: Em 2018 a Gol diminuiu o ritmo de crescimento, crescendo menos que a média do mercado doméstico e perdendo participação. Entretanto a companhia conseguiu continuar aumentando a ocupação média das aeronaves, que fechou com 1 ponto percentual a mais do que em 2017. Em 2018 a companhia finalmente recebeu as primeiras unidades do Boeing 737 MAX 8 e confirmou a encomenda de unidades da versão maior Boeing 737 MAX 10. A simples substituição da geração Boeing 737NG pelo Boeing 737 MAX irá gerar um aumento na oferta de assentos.
No mercado internacional a Gol voltou a voar para os EUA, mas isso não foi o suficiente para ganhar mercado. A companhia registrou crescimento menor que a média do mercado.
Azul: Em 2018 a Azul desbancou a Avianca e apresentou o maior crescimento no mercado doméstico no volume de passageiros transportados. Porém a companhia não aumentou a sua frota, apenas continuou com a sua estratégia de substituir os E-Jets e ATR pelos A320neo, mais modernos e com capacidade maior de passageiros. Em 2019 a companhia deverá também receber a nova geração EJets E-2 e também confirmou a encomenda de alguns A321neo. A estratégia parece estar dando tão certo que a Azul até acelerou o recebimentos dos A320neo, ampliando ainda mais a oferta de assentos.
Já no mercado internacional, a Azul apresentou crescimento menor do que no ano passado, porém ainda expressivo. Em 2018 a companhia transportou 44% passageiros (RPK) a mais do que no período anterior. Para 2019 a companhia já anunciou o seu novo destino: Porto, em Portugal. Em 2019, Azul também deverá ser uma das primeiras no mundo a receber os novos A330neo.
Avianca Brasil: Depois de anos consecutivos crescendo dois dígitos, a Avianca foi forçada a pisar no freio. Em dezembro de 2018 a companhia enfrentou uma grave crise financeira, o que culminou num pedido de recuperação judicial, corte de rotas e diminuição da frota. Mesmo assim a Avianca foi a companhia que mais aumentou a oferta de assentos em 2018 (ASK), 8,9% em relação a 2017. Porém o aumento da demanda foi menor que o da oferta e a Azul apresentou crescimento no volume de passageiros maior do que o da Avianca em 2018. Apesar dos problemas financeiros, a Avianca fechou 2018 com a melhor ocupação média das aeronaves e crescendo o dobro da média do mercado doméstico.
Já no mercado internacional, a Avianca recebeu em 2018 o quinto A330 e chegou a ter dois voos diários entre São Paulo e Miami. Porém, devido à crise financeira, a companhia já anunciou a suspensão de todos os voos para Miami, Nova York e Santiago em março de 2019.
Companhias estrangeiras: Depois da tímida retomada, em 2017, o mercado internacional brasileiro apresentou crescimento mais forte em 2018. No mercado entre o Brasil e os EUA, as novatas brasileiras Avianca e Azul foram as que mais ganharam mercado, enquanto a líder American Airlines foi a que mais perdeu. Já no mercado entre o Brasil e a Europa, a Latam voltou a liderar por muito pouco. A Alitalia foi a que mais ganhou participação.
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