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quinta-feira, 18 de outubro de 2018
A trajetória do Latam Fidelidade
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aviacaocomercial.net
Em 2018 o Latam Fidelidade completa 25 anos. Ele tem origem no Tam Fidelidade, o primeiro programa de fidelidade do Brasil. Quando foi lançado, em 1993, a Tam era apenas uma companhia aérea regional, com cerca de 50 aeronaves Cessna 208, Embraer EMB-110, Fokker F-27, F-50 e F-100. Foi somente em 1999 que a companhia incorporou aeronaves maiores da Família A320 e A330 e iniciou voos internacionais. As primeiras parceiras foram o Grupo Taca, Air France e American Airlines. Enquanto isso a Varig, em 1994, havia criado o Smiles que já nasceu usufruindo da extensa malha da maior companhia aérea da América Latina. Em 1997 a Varig passou a fazer parte da Star Alliance e o Smiles ganhou várias parceiras internacionais. Porém o Tam Fidelidade era muito mais generoso do que o Smiles.
No começo o passageiro do Tam Fidelidade ganhava pelo menos mil pontos a cada voo, independente da distância percorrida. Ao acumular 10 mil pontos (no máximo 10 voos) já era possível trocar por uma passagem para qualquer destino no Brasil. Já no Smiles o passageiro acumulava a quantidade de milhas que efetivamente voava e só podia trocar por uma passagem para qualquer destino no Brasil com 20 mil milhas. Nessa época com apenas uma viajem de ida e volta para os EUA na classe econômica o passageiro já ganhava 10 mil pontos no Tam Fidelidade. Os pontos tinham 2 anos de validade.
Quantos pontos o passageiro ganhava no Tam Fidelidade:
Quantas milhas o passageiro precisava acumular para ganhar uma viagem no Smiles:
Já as categorias eram apenas 3: Cartão Branco, Cartão Azul e Cartão Vermelho. O Branco era o cartão de entrada. Para conseguir o Azul eram precisos apenas 12 mil pontos (no máximo 12 viagens) em um ano e os benefícios eram maior franquia de bagagem e 25% a mais de pontos acumulados. E por incrível que pareça, bem no começo, passageiros Tam Mercosur da categoria Azul também podiam usar as Salas VIP da Tam. Já para conseguir o Vermelho eram precisos 48 mil pontos em um ano e tinha os benefícios de maior franquia de bagagem, 50% a mais de pontos acumulados, prioridade de upgrade e acesso às Salas VIP da Tam.
Expansão: Multiplus Fidelidade
Em 2009 a Tam criou o Multiplus Fidelidade, o que expandiu o programa para outros meios além do transporte aéreo. Agora o passageiro podia acumular pontos por cartões de crédito, comprar online, postos de gasolina, hotéis e muitos outros. Os primeiros parceiros do Multiplus Fidelidade foram a Accor Hotéis, Walmart, Época, Ponto Frio, HSM e LinkTrade.
O Tam Fidelidade passou a fazer parte do Multiplus, mas suas regras continuavam as mesmas. Nessa altura, a Tam já tinha uma malha internacional considerável e mais companhias parceiras como Lufthansa, Lan, Pluna e Tap.
Em 2010 a Tam entrou na Star Alliance e o Tam Fidelidade passou a ter todas as companhias aéreas da aliança como parceiras.
Primeiras mudanças
No segundo semestre de 2011 a Tam fez a primeira mudança nas regras do Tam Fidelidade. Agora o mínimo de pontos necessários para uma passagem na América do Sul era 15 mil e não mais 10 mil. Também foi criada uma nova categoria, o Cartão Black. Para atingir a nova categoria eram precisos 150 mil pontos em um ano, porém os benefícios eram basicamente os mesmos do Cartão Vermelho.
Porém a mudança mais profunda foi no modo de acumular pontos. Agora a quantidade de pontos variava de acordo com a categoria do cartão e da tarifa, quanto mais baixa a categoria do cartão e da tarifa, menos pontos. O mínimo de pontos acumulados caiu de 1 mil para 500.
Lan + Tam = mais mudanças
Com a união da Tam e Lan, o Tam Fidelidade passou a receber mudanças com mais frequência. Uma grande mudança aconteceu em 2013. Foi lançada uma nova tabela para pontuação e para resgates. Agora o mínimo de pontos necessários para uma passagem no Brasil era 10 mil e para a América do Sul 20 mil.
Também foi criada uma nova categoria e foram implementadas mudanças nas outras. Para o Cartão Branco nada mudou. Para o Cartão Azul agora eram precisos 15 mil pontos ou 15 trechos voados pela Tam/Lan e os benefícios eram os mesmos. Para o Cartão Vermelho agora eram precisos 50 mil pontos ou 50 trechos voados pela Tam/Lan para obter 75% a mais de pontos acumulados, tabela preferencial de resgate, maior franquia de bagagem, acesso às Salas VIP e prioridade no check-in. Para o novo Cartão Vermelho Plus eram precisos 100 mil pontos ou 100 trechos voados pela Tam/Lan para todos os benefícios do Cartão Vermelho, mas 100% a mais de pontos acumulados e upgrade cortesia. Já para o Cartão Black eram precisos 150 mil pontos ou 125 trechos voados pela Tam/Lan para todos os benefícios do Cartão Vermelho Plus.
Latam Fidelidade
Em 2016 o Tam Fidelidade passou a se chamar Latam Fidelidade. As categorias mudaram de nome: Branco para Latam, Azul para Gold, Vermelho para Platinum, Vermelho Plus para Black e Black para Black Signature. Desde então em 2016, 2017 e 2018 o Latam Fidelidade passou por várias e várias mudanças até chegar no formato em que está hoje. As principais mudanças foram o fim da tabela fixa de resgate para a Latam, onde agora a quantidade de pontos varia livremente. O passageiro pode encontrar um mesmo trecho doméstico por 4 mil pontos ou por 16 mil pontos. Um voo entre o Brasil e os EUA por exemplo, que antes era fixado de 20 mil a 30 mil pontos, pode agora ser 30 mil ou incríveis 130 mil ou até mais.
Do outro lado, os pontos ganhos são totalmente atrelados ao valor da passagem, ou seja, agora o passageiro ganha o equivalente a quantidade de dinheiro que ele gastou para comprar a passagem.
Por fim os pontos necessários para subir de categoria agora não levam em conta os pontos que o passageiro acumula e sim pontos específicos para isso, os chamados "Pontos Qualificáveis".
Mudou para melhor ou pior?
Se por um lados as regras parecem ter ficado cada vez mais rigorosas, por outro o preço médio da passagem aérea no Brasil vêm caindo. Abaixo fizemos algumas comparações com base no preço médio de uma passagem doméstica em 2002 (corrigidas pelo IPCA acumulado) e em 2017, de acordo com o Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas da ANAC.
Acumulo de pontos:
No começo do programa, com apenas 10 viagens já era possível resgatar uma viagem no Brasil. Considerando a tarifa média em 2002 o passageiro iria gastar o equivalente a R$ 6.552,71. Com a regra de hoje, o passageiro que gastar R$ 6.552,71 receberá cerca de 16 mil pontos (na categoria Latam). Com essa quantidade de pontos é possível ou não conseguir uma passagem no Brasil, uma vez que a quantidade necessária de pontos é flutuante. Com esse gasto o passageiro faria cerca de 18 viagens considerando a tarifa média de 2017.
Subir de categoria:
No começo do programa, para subir para a categoria Azul eram necessários 12 mil pontos ou 12 viagens. Considerando a tarifa média em 2002, o passageiro precisaria gastar o equivalente a R$ 7.863,25 em um ano para subir de categoria. Hoje para subir para a categoria Gold são necessários 10 mil pontos qualificáveis, onde o passageiro teria que desembolsar R$ 4.000,00 em um ano. Com R$ 4.000,00 o passageiro faria cerca de 11 viagens e com R$ 7.863,25 cerca de 22 viagens considerando a tarifa média de 2017.
No começo o passageiro do Tam Fidelidade ganhava pelo menos mil pontos a cada voo, independente da distância percorrida. Ao acumular 10 mil pontos (no máximo 10 voos) já era possível trocar por uma passagem para qualquer destino no Brasil. Já no Smiles o passageiro acumulava a quantidade de milhas que efetivamente voava e só podia trocar por uma passagem para qualquer destino no Brasil com 20 mil milhas. Nessa época com apenas uma viajem de ida e volta para os EUA na classe econômica o passageiro já ganhava 10 mil pontos no Tam Fidelidade. Os pontos tinham 2 anos de validade.
Quantos pontos o passageiro ganhava no Tam Fidelidade:
Voando TAM | Classes de Serviço | ||||||
Econômica | Executiva | Primeira Classe | |||||
Trechos entre | Ida | Ida-e-Volta | Ida | Ida-e-Volta | Ida | Ida-e-Volta | |
América do Sul | América do Sul | 1.000 | 2.000 | 1.250 | 2.500 | 1.500 | 3.000 |
América do Sul | América do Norte | 5.000 | 10.000 | 6.250 | 12.500 | 7.500 | 15.000 |
América do Sul | Europa | 6.000 | 12.000 | 7.500 | 15.000 | 9.000 | 18.000 |
Quantos pontos o passageiro precisava acumular para ganhar uma viagem no Tam Fidelidade:
Voando TAM | Estação | Econômica | Executiva | Primeira Classe | ||||
Trechos entre | Ida | Ida e Volta | Ida | Ida e Volta | Ida | Ida e Volta | ||
América do Sul | América do Sul | Ambas | 10.000 | 20.000 | 15.000 | 30.000 | 20.000 | 40.000 |
América do Sul | América do Norte | Baixa | 20.000 | 40.000 | 40.000 | 80.000 | 50.000 | 100.000 |
Alta | 30.000 | 60.000 | 50.000 | 100.000 | 60.000 | 120.000 | ||
América do Sul | Europa | Baixa | 30.000 | 60.000 | 50.000 | 100.000 | 60.000 | 120.000 |
Alta | 40.000 | 80.000 | 60.000 | 120.000 | 80.000 | 160.000 |
Quantas milhas o passageiro precisava acumular para ganhar uma viagem no Smiles:
Bilhetes Smiles
|
Classe Econômica
|
Classe Executiva
|
Primeira Classe
|
Qualquer distância dentro da América do Sul
|
20.000
|
30.000
|
40.000
|
Entre a América do Sul e a América do Norte
|
50.000
|
75.000
|
100.000
|
Entre a América do Sul e a Europa
|
70.000
|
100.000
|
130.000
|
Entre a América do Sul e a Ásia
|
90.000
|
120.000
|
150.000
|
Dentro da Europa
|
25.000
|
30.000
|
35.000
|
Entre Tokyo e Los Angeles
|
60.000
|
80.000
|
110.000
|
Já as categorias eram apenas 3: Cartão Branco, Cartão Azul e Cartão Vermelho. O Branco era o cartão de entrada. Para conseguir o Azul eram precisos apenas 12 mil pontos (no máximo 12 viagens) em um ano e os benefícios eram maior franquia de bagagem e 25% a mais de pontos acumulados. E por incrível que pareça, bem no começo, passageiros Tam Mercosur da categoria Azul também podiam usar as Salas VIP da Tam. Já para conseguir o Vermelho eram precisos 48 mil pontos em um ano e tinha os benefícios de maior franquia de bagagem, 50% a mais de pontos acumulados, prioridade de upgrade e acesso às Salas VIP da Tam.
Expansão: Multiplus Fidelidade
Em 2009 a Tam criou o Multiplus Fidelidade, o que expandiu o programa para outros meios além do transporte aéreo. Agora o passageiro podia acumular pontos por cartões de crédito, comprar online, postos de gasolina, hotéis e muitos outros. Os primeiros parceiros do Multiplus Fidelidade foram a Accor Hotéis, Walmart, Época, Ponto Frio, HSM e LinkTrade.
O Tam Fidelidade passou a fazer parte do Multiplus, mas suas regras continuavam as mesmas. Nessa altura, a Tam já tinha uma malha internacional considerável e mais companhias parceiras como Lufthansa, Lan, Pluna e Tap.
Em 2010 a Tam entrou na Star Alliance e o Tam Fidelidade passou a ter todas as companhias aéreas da aliança como parceiras.
Primeiras mudanças
No segundo semestre de 2011 a Tam fez a primeira mudança nas regras do Tam Fidelidade. Agora o mínimo de pontos necessários para uma passagem na América do Sul era 15 mil e não mais 10 mil. Também foi criada uma nova categoria, o Cartão Black. Para atingir a nova categoria eram precisos 150 mil pontos em um ano, porém os benefícios eram basicamente os mesmos do Cartão Vermelho.
Porém a mudança mais profunda foi no modo de acumular pontos. Agora a quantidade de pontos variava de acordo com a categoria do cartão e da tarifa, quanto mais baixa a categoria do cartão e da tarifa, menos pontos. O mínimo de pontos acumulados caiu de 1 mil para 500.
Lan + Tam = mais mudanças
Com a união da Tam e Lan, o Tam Fidelidade passou a receber mudanças com mais frequência. Uma grande mudança aconteceu em 2013. Foi lançada uma nova tabela para pontuação e para resgates. Agora o mínimo de pontos necessários para uma passagem no Brasil era 10 mil e para a América do Sul 20 mil.
Também foi criada uma nova categoria e foram implementadas mudanças nas outras. Para o Cartão Branco nada mudou. Para o Cartão Azul agora eram precisos 15 mil pontos ou 15 trechos voados pela Tam/Lan e os benefícios eram os mesmos. Para o Cartão Vermelho agora eram precisos 50 mil pontos ou 50 trechos voados pela Tam/Lan para obter 75% a mais de pontos acumulados, tabela preferencial de resgate, maior franquia de bagagem, acesso às Salas VIP e prioridade no check-in. Para o novo Cartão Vermelho Plus eram precisos 100 mil pontos ou 100 trechos voados pela Tam/Lan para todos os benefícios do Cartão Vermelho, mas 100% a mais de pontos acumulados e upgrade cortesia. Já para o Cartão Black eram precisos 150 mil pontos ou 125 trechos voados pela Tam/Lan para todos os benefícios do Cartão Vermelho Plus.
Latam Fidelidade
Em 2016 o Tam Fidelidade passou a se chamar Latam Fidelidade. As categorias mudaram de nome: Branco para Latam, Azul para Gold, Vermelho para Platinum, Vermelho Plus para Black e Black para Black Signature. Desde então em 2016, 2017 e 2018 o Latam Fidelidade passou por várias e várias mudanças até chegar no formato em que está hoje. As principais mudanças foram o fim da tabela fixa de resgate para a Latam, onde agora a quantidade de pontos varia livremente. O passageiro pode encontrar um mesmo trecho doméstico por 4 mil pontos ou por 16 mil pontos. Um voo entre o Brasil e os EUA por exemplo, que antes era fixado de 20 mil a 30 mil pontos, pode agora ser 30 mil ou incríveis 130 mil ou até mais.
Do outro lado, os pontos ganhos são totalmente atrelados ao valor da passagem, ou seja, agora o passageiro ganha o equivalente a quantidade de dinheiro que ele gastou para comprar a passagem.
Por fim os pontos necessários para subir de categoria agora não levam em conta os pontos que o passageiro acumula e sim pontos específicos para isso, os chamados "Pontos Qualificáveis".
Mudou para melhor ou pior?
Se por um lados as regras parecem ter ficado cada vez mais rigorosas, por outro o preço médio da passagem aérea no Brasil vêm caindo. Abaixo fizemos algumas comparações com base no preço médio de uma passagem doméstica em 2002 (corrigidas pelo IPCA acumulado) e em 2017, de acordo com o Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas da ANAC.
Acumulo de pontos:
No começo do programa, com apenas 10 viagens já era possível resgatar uma viagem no Brasil. Considerando a tarifa média em 2002 o passageiro iria gastar o equivalente a R$ 6.552,71. Com a regra de hoje, o passageiro que gastar R$ 6.552,71 receberá cerca de 16 mil pontos (na categoria Latam). Com essa quantidade de pontos é possível ou não conseguir uma passagem no Brasil, uma vez que a quantidade necessária de pontos é flutuante. Com esse gasto o passageiro faria cerca de 18 viagens considerando a tarifa média de 2017.
Subir de categoria:
No começo do programa, para subir para a categoria Azul eram necessários 12 mil pontos ou 12 viagens. Considerando a tarifa média em 2002, o passageiro precisaria gastar o equivalente a R$ 7.863,25 em um ano para subir de categoria. Hoje para subir para a categoria Gold são necessários 10 mil pontos qualificáveis, onde o passageiro teria que desembolsar R$ 4.000,00 em um ano. Com R$ 4.000,00 o passageiro faria cerca de 11 viagens e com R$ 7.863,25 cerca de 22 viagens considerando a tarifa média de 2017.
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