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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Participação no Mercado 2011 - Análise
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aviacaocomercial.net
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NACIONAL
|
2011
|
2010
| ||
Companhia
|
Participação
|
Ocupação
|
Participação
|
Ocupação
|
Tam |
41,2%
|
68%
|
42,8%
|
67%
|
Gol |
37,4%
|
68%
|
39,6%
|
67%
|
Azul |
8,5%
|
81%
|
6,0%
|
83%
|
WebJet |
5,5%
|
75%
|
5,8%
|
76%
|
Trip |
3,2%
|
65%
|
2,1%
|
61%
|
Avianca |
3,1%
|
79%
|
2,6%
|
74%
|
Passaredo |
0,7%
|
67%
|
0,6%
|
66%
|
MERCADO (2011): Crescimento: 15% Ocupação média: 70% |
Desde 2009 o mercado nacional de aviação brasileiro tem crescido duas casas decimais ao ano, superando o crescimento de países como a China e a Índia. E em 2011 não foi diferente, as companhias brasileiras aumentaram a oferta em 12,94% e a demanda aumentou em 15,72%. Com a demanda aumentando mais que a oferta a ocupação média no mercado aumentou de 68,50% para 70,18%, o que é alto se comparado a outros mercados como EUA e Europa. A ocupação média alta mostra que o mercado brasileiro está em plena expansão. Com toda essa expansão os aeroportos estão cada vez mais saturados e a saída encontrada pelo governo foi privatizar o Aeroporto Internacional da Guarulhos (o mais movimentado do país), o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek - Brasília (o terceiro mais movimentado) e do Aeroporto Internacional de Viracopos - Campinas (um dos aeroporto que mais cresceu nos últimos anos).
TAM: A Tam perdeu 1,57 ponto percentual de mercado e isso se deveu ao avanço de companhias menores como a Trip, Avianca e principalmente a Azul. Porém companhia se distanciou da Gol, a sua principal concorrente que inclusive foi a líder do mercado em alguns meses desse ano. A diferença entre a Tam e a Gol aumentou em 0,69 ponto percentual em 2011. A ocupação média da companhia continua abaixo da do mercado e ligeiramente menor do que a da Gol.
Em 2011 a Tam aumentou a oferta de assentos por quilometro em 9,54% e registrou um amento de demanda de 11,48% - menos que a média do mercado nos dois casos. O aumento da oferta na Tam se deveu principalmente pela ampliação do Code-Share com a Trip e dos slots adquiridos com a compra da Pantanal. Nesse ano a Tam aposentou os turbo-hélice da Pantanal e abandonou as rotas regionais operadas por essas aeronaves. O grande ganho da Tam com a compra da Pantanal foram os slots no Aeroporto de Congonhas, o que permitiu a companhia a reforçar os seus vôos no aeroporto mais disputado do país.
GOL: A Gol chegou a ultrapassar a Tam no mercado nacional em fevereiro e agosto desse ano, mas continua na vice-liderança e perdeu mais participação do que a Tam em 2011. A Gol fechou o ano com menos 2,26 pontos percentuais no mercado que foi para as companhias menores como Azul, Avianca e Trip. Porém a Gol conta com uma grande parceira esse ano - a WebJet que foi comprada em julho. Com a WebJet a Gol vai para 42,91% do mercado ultrapassando a Tam. A WebJet também é um importante reforço nos slots da Gol nos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, que estão saturados e não podem receber novos vôos. Além da compra da WebJet, a Gol ampliou o seu acordo de Code-Share com a Passaredo. A ocupação média da Gol vem se recuperando desde a fusão da malha da Varig e da Gol e apesar de ter crescido quase 2 pontos percentuais nesse ano, ainda está abaixo da média do mercado.
AZUL: A Azul é a companhia que mais cresceu no mercado brasileiro nos últimos dois anos, porém quem mais aumentou a oferta de assentos por quilometro nesse ano foi a regional Sete Linhas Aéreas. A Sete aumentou em 73,58% a oferta graças ampliação da frota com os EMB-120. A Azul ficou em segundo lugar com um aumento de 68,71%. Pelo lado da demanda, quem registrou a maior alta foi a Trip e a Azul ficou em terceiro lugar (com 64,21%), atrás da Sete. No entanto no quesito participação no mercado a Azul foi a de longe que mais aumentou a sua fatia chegando a 8,56% do mercado nacional, um aumento de 2,53 pontos percentuais. Isso se deveu em parte à ocupação média da empresa que registrou uma pequena queda de 2010 para 2011, mas fechou com 81,46% - a segunda maior do mercado, atrás da Total com 84,52%. A alta ocupação faz parte da estratégia da companhia - pessoas que ainda não voaram pela empresa são atraídos pelos preços baixíssimos e se satisfeitos com o serviço fazem propaganda da companhia para seus amigos e familiares.
WEBJET: Das pequenas como Azul, Avianca, Passaredo e Trip, a WebJet foi a que menos cresceu e a única desse grupo que obteve um aumento de oferta e demanda por quilometro menor do que a média do mercado. Porém a companhia continua situada na quarta posição do mercado nacional, após ter perdido o posto de terceira maior para a Azul no ano passado. A ocupação média da companhia também sofreu uma queda de 1,46 pontos percentuais. O fato é que a companha recebeu apenas uma aeronave durante o ano, um Boeing 737-300. Somente em dezembro a companhia recebeu a segunda aeronave do ano - um Boeing 737-800 que iniciou a renovação e ampliação da frota após a compra pela Gol.
TRIP: A Trip é a maior regional da América do Sul e agora é a quinta maior companhia do Brasil, após ter ultrapassado a Avianca nesse ano. A frota da companhia é a terceira maior do Brasil com mais de 50 aeronaves da Embraer e da ATR. Aliás, a companhia está preste a se tornar a maior operadora de aeronaves ATR do mundo, posto hoje ocupado pela American Eagle. A companhia registrou um aumento na oferta de assentos por quilometro de 63,13% e um aumento na demanda de 74,41%, o que gerou um aumento na ocupação média da companhia em mais de 4 pontos percentuais. Porém a ocupação da companhia continua abaixo da média do mercado; 65,17%. No entanto ao compararmos só com as companhias regionais, a Trip apresentou a segunda maior ocupação, só perdendo para a Passaredo.
Em 2011 a companhia recebeu a maior aeronave já operada pela companhia, o E-190, e ampliou ainda mais a malha, que atende quase 90 destinos nacionais!
AVIANCA: Depois de um bom tempo estagnada e de ser ultrapassada pela Azul e Trip, a companhia começou uma expansão mais condizente com a taxa de crescimento do mercado de aviação comercial brasileiro. A companhia anunciou a renovação e ampliação da frota com aeronaves Airbus A318, A319 e A320 e continuou apostando no conforto para atrair os passageiros. O seu A319 leva 132 passageiros enquanto a mesma aeronave A319 da Tam leva 144. Com a expansão a frota da companhia saiu de 17 para 26 aeronaves e como resultado a oferta e a demanda aumentaram acima da média do mercado; 32,04% e 40,84% respectivamente. Além disso a ocupação média da companhia também aumentou, chegando quase a 80%.
PASSAREDO: Junto com a Azul e a Trip, a Passaredo vem apresentando grandes taxas de crescimento nos últimos anos. Mas esse ano a companhia diminuiu um pouco o ritmo, apesar de ter crescido acima da média do mercado. A companhia iniciou uma grande expansão em 2008, quando iniciou a substituição dos seus seis EMB-120 por jatos e hoje a companhia opera somente com jatos ERJ-145. Nesse ano a companhia também ampliou o seu acordo com a Gol, o que ajudou no aumento de passageiros.
INTERNACIONAL
|
2011
|
2010
| ||
Companhia
|
Participação
|
Ocupação
|
Participação
|
Ocupação
|
Tam | 88,1% | 81% | 86,8% | 79% |
Gol | 10,6% | 62% | 12,9% | 60% |
Avianca | 1,2% | 74% | 0,1% | 58% |
MERCADO (2011): Crescimento: 11% Ocupação média: 78% |
Desde a falência da antiga Varig, as companhia brasileiras (principalmente a Tam) vem lentamente recuperando o espaço perdido para as estrangeiras. Porém as companhias brasileiras representam apenas 1/3 do mercado internacional. Em 2010 as companhias brasileiras obtiveram apenas 35,22% do mercado, enquanto as estrangeiras ficaram com 64,78%. Em 2005 (quando a antiga Varig ainda tinha uma malha internacional considerável) a participação das brasileiras era de 43,95%. Com o colapso da Varig outras companhias como a Bra e OceanAir entraram no mercado internacional levando pessoas a crerem que o mercado iria ter mais concorrência do lado das brasileiras. No entanto não foi isso o que aconteceu, na verdade o mercado ficou ainda mais concentrado. Agora o mercado internacional no lado das brasileiras está nas mãos da Tam que domina quase 90% do mercado. Na época da Varig ela tinha concorrentes brasileiras em vôos longa distância como própria Tam, Vasp e Transbrasil, enquanto hoje em dia a Tam é a única companhia brasileira que possui voos de longa distância.
TAM: A Tam é a líder absoluta do mercado internacional e foi a companhia que mais cresceu nesse mercado (sem contar a Avianca Brasil, que em 2010 só operou em novembro e dezembro no mercado internacional). A empresa aumentou a oferta de assentos por quilometro em 10,06% e obteve um aumento na demanda de 12,71%, ambos maiores que a média do mercado. Em 2011 a companhia inaugurou vôos para a Cidade do México, recebeu dois novos A330 e aposentou os A340. Grande parte do aumento do número de passageiros foram os Code-Share com companhias que fazem parte da Star Alliance e com o Grupo Lan. Aliás, a fusão entre a Tam e a Lan deverá dar uma "turbinada" na expansão internacional da Tam. A ocupação da Tam no mercado internacional também aumentou e é a maior disparado dentre as companhias brasileiras.
GOL: O ano de 2011 foi marcado por mais um encolhimento da Gol no mercado internacional. A companhia que já chegou a ter 43% do mercado internacional com a nova Varig chegou em 2011 com apenas 10%. Com o fim dos voo de longo curso da nova Varig, a com conta somente com aeronaves Boeing 737 e está limitada a oferecer voos internacionais dentro da América do Sul e para o Caribe. Nesse ano a ampliação da malha internacional ficou com o Caribe, onde a Gol voa diretamente de São Paulo para Barbados e desde Caracas para Aruba, Curaçau e Punta Cana - aliás, esses são os únicos voos que ainda são operados com a marca Varig. Outra novidade da companhia foi rota ligando Porto Alegre à Santiago do Chile. Porém a Gol teve uma perda importante no mercado internacional que foi o fim dos vôos para Bogotá. O motivo foi a forte concorrência. A Gol herdou essa rota da antiga Varig e em 2007 só tinha a Avianca (Colômbia) como concorrente. Porém em 2010 e 2011 a Tam e a Avianca Brasil também começaram a fazer a rota. Houve ainda o vulcão chileno que afetou voos para Argentina, Chile e Uruguai e como a Gol operar internacionalmente só na América do Sul e Caribe, a companhia foi bastante afetada. A Gol registrou uma redução da oferta de 11,93% e uma retração na demanda de 8,98%. A ocupação da companhia registrou um aumento de aproximadamente 2 pontos percentuais.
AVIANCA: A Avianca Brasil começou a operar voos internacionais regulares em novembro de 2010. O único destino internacional da companhia é Bogotá, o HUB da sua empresa-mãe Avianca (Colômbia). A partir de Bogotá os passageiros podem ir para vários destinos na América Latina, Estados Unidos e Europa através da malha internacional da Avianca (Colômbia).
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