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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Participação no Mercado - analise BlogAC

Participação no Mercado - analise BlogAC
Todos os anos, o BlogAC analisa o mercado no primeiro e segundo semestres do ano.
(veja as tabelas no fsdownload.kit.net/blogac)
Apesar da falta de infra-estrutura, o setor de aviação comercial no Brasil está em plena expansão. Somente no primeiro semestre, o volume de passageiros 26% no mercado nacional e 15% no internacional. A grande aposta das companhias é a "classe média emergente". Mais conhecida como "classe C", ela engloba os passageiros que antes utilizavam o ônibus e estão passando a usar o avião, visto que os preços das passagens diminuíram e o tempo de viajem é infinitamente menor.
A TAM continua liderando o mercado nacional, porém foi a que mais perdeu mercado para a novata Azul e todas as demais companhias, inclusive a Gol. Em relação ao ano passado, a Tam perdeu quase 5%. Porém a companhia não encolheu, pelo contrário, ela aumentou a oferta de assentos em 9% e transportou 13% à mais de passageiros/km. Porém foi um crescimento modesto, se comparado ao crescimento no setor nacional (26%). Das principais, a Tam foi a que menos cresceu no primeiro semestre de 2010. Realmente a situação não está favorecendo a Tam. O principal motivo do crescimento no mercado é a chegada da "classe C", que dificilmente escolhem a Tam para viajar, visto que a empresa está relacionada a preços maiores e serviços de maior qualidade. Mas a Tam mostra que não está disposta a perder a liderança do mercado e lançou recentemente uma campanha especifica para a "classe C", com o slogan "Você vai e vai de Tam".
A GOL continua na vice-liderança, mas está cada vez mais próxima da Tam. Depois de um período de baixas ocupações no mercado nacional (puxado, principalmente, pela Varig) em 2008/2009, a ocupação da empresa, que já chegou a 59%, melhorou bastante e está ligeiramente mais baixo do que a média, porém ligeiramente a cima da principal concorrente, a Tam. A Gol também perdeu mercado para a Azul e WebJet, principalmente, mas perdeu menos do que a Tam (menos de 2%, contra quase 5% da Tam).
A WEBJET vem crescendo à cima da média desde 2008 e hoje ocupa a terceira posição no mercado nacional. Porém a sua liderança está extremamente ameaçada pela novata Azul. Em 2010 a WebJet apostou cortar custos e oferecer passagens ainda mais baratas. A companhia mudou a configuração de suas aeronaves de 136 para 148 assentos e passou a vender refeições à bordo. A estratégia parece ter dado certo, a ocupação da empresa está bem acima da média do mercado e melhorou doze pontos percentuais, em relação ao mesmo período do ano passado. Porém a companhia parece ter perdido o fôlego e a frota ficou "estacionada" em 20 aeronaves, enquanto a Azul recebe novas aeronaves a cada mês.
A AZUL está batendo todos os recordes com o seu surpreendente crescimento. Outra coisa que chama muita atenção é a sua ocupação, 85%!!!! Apesar de chamar atenção, essa ocupação extremamente alta era prevista pela companhia. A Azul optou por encher as aeronaves (com tarifas muito baixas), como estratégia de marketing. A idéia é que os passageiros que voaram na companhia, a indiquem para amigos e familiares. A Azul "revolucionou" o mercado nacional brasileiro, mostrando que pode haver conforto e entretenimento e ao mesmo tempo, tarifas baixas. A companhia também é a principal responsável pelo crescimento surpreendente do aeroporto de Campinas (sua principal base), mais de 200%!!!!!
A AVIANCA é o novo nome da OceanAir. A companhia iniciou esse ano a renovação da frota com aeronaves Airbus A319. A companhia aposta no conforto e serviços de alta qualidade para atrair seus passageiros. Os novos A319 da companhia, são, sem duvidas, as mais confortáveis e sofisticadas do mercado nacional. Porém a companhia está estagnada e apesar de continuar com a mesma frota, devido ao crescimento do mercado, a companhia perdeu participação. Com a chegada de novos A319, a empresa espera voltar a crescer.
A TRIP continua com o seu incrível crescimento insaciável. Hoje a companhia possui nada menos que 35 aeronaves (sendo assim a maior regional da América do Sul, disparada) e é a companhia que tem mais destinos no Brasil. A companhia começou a receber os seus primeiros jatos, os E-175, e a cada mês inaugura novas rotas. No entanto esse crescimento insaciável, "derrubou" a taxa média de ocupação nos vôos da companhia, que chegara na casa dos 50%. Mas a companhia esta sempre fazendo ajustes na malha para melhorar a ocupação e parece que esse problema já foi solucionado, visto que a ocupação está quase na média do mercado.
A PASSAREDO é outra que não quer parar de crescer. A companhia, que a poucos anos, tinha apenas dois EMB-120, agora está com uma frota de treze aeronaves, em sua maioria - ERJs-145.

O mercado internacional vem se recuperando desde a saída conturbada da Varig, que era líder absoluta no mercado internacional.
A TAM assumiu o lugar da Varig como companhia de bandeira, mas voa para menos destinos que a Varig voava quando já estava à beira da falência. No entanto a Tam é mais "forte" em algumas cidades, coisa que a Varig não era a muito tempo. A Tam possui uma grande quantidade de vôos para Miami e Paris e Assunção e Buenos Aires, onde a Tam é líder. Além do mais, a Tam está inaugurando novos destinos internacional e está obtendo ótimas ocupações, principalmente nos vôos para Milão e Frankfurt. A Tam transportou 13% à mais de passageiros/km, em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto as companhias brasileiras respondem por menos de 40% dos passageiros internacional do Brasil. Em 1995, por exemplo, as brasileiras tinham quase 60% do mercado.
A GOL incrivelmente transportou quase 33% mais passageiros internacionais, apesar de ter mantido praticamente a mesma quantidade de assentos. A Gol vinha reduzindo drasticamente a oferta de assentos no mercado internacional, após amargar péssimas ocupações, que chegaram à 48%. A companhia atribuiu as baixas ocupações À Gripe Suína, que afetou mais justamente os vôos na América do Sul, onde a Gol opera internacionalmente. A companhia cancelou os vôos para Lima e vôos diretos para Santiago, além de reduzir o número de vôos. Porém, no final de 2009, a companhia voltou a investir no mercado internacional, com vôos para o Caribe. A companhia está conseguindo boas ocupações nos novos vôos e obteve uma boa recuperação na ocupação.

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